30/05/2025
Por que as pesquisas que não encantam o Blog há 18 anos estão desencantando a direita potiguar?
Há 18 anos o Blog questiona o uso de pesquisas em eleições no Rio Grande do Norte.
Do formato à estratégia de divulgação, o Blog sempre teve uma pergunta a mais.
Dezoito anos depois, eis que a classe política começa a questionar pesquisas. Pesquisas muitas vezes contratadas pelos próprios questionadores.
O senador Rogério Marinho, que quer ser governador, mas não lidera pesquisas, já desconfia dos números quando diz que, pelas pesquisas, o prefeito de Natal não seria Paulinho Freire, que durante quase todo o primeiro turno esteve na terceira posição.
O prefeito Paulinho Freire, que quer Rogério no Governo, também utiliza o mesmo discurso, reforçando que, se tivesse levado em conta só os números, sequer teria sido candidato.
O ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias, que quer ser governador, disse ao Blog nesta sexta-feira (30) que o critério de escolha do candidato do grupo ao qual ele, Paulinho e Rogério fazem parte, não pode ser só pesquisas, também repetindo o mantra que, pelas pesquisas, Paulinho não seria o prefeito.
O que está mudando no pensamento da classe política em relação a pesquisas eleitorais?
Até porque o ‘fator Paulinho’ não é exclusivo na história da política no Rio Grande do Norte.
Em eleições passadas, candidatos que lideraram pesquisas também foram derrotados.
Geraldo Melo foi eleito governador depois de passar uma campanha inteira na rabeira das pesquisas.
Wilma de Faria tinha 3% e chegou ao Governo.
Aldo Tinoco foi prefeito de Natal também na rabeira das pesquisas que apontavam Henrique Alves como prefeito eleito.
Henrique também liderou pesquisas e o governador eleito foi Robinson Faria.
A governadora Fátima Bezerra foi eleita senadora, quando à época, os números, fabricados ou não, diziam que a senadora seria Wilma de Faria.
Diante de todos esses casos, por que agora, parte do grupo que comanda a direita no Rio Grande do Norte, não quer apostar nas pesquisas como critério para escolha do candidato do grupo?
E quando eu digo ‘parte do grupo’ que comanda a direita, é porque o ex-senador José Agripino, presidente do União Brasil, partido de Paulinho Freire e do prefeito de Mossoró Allyson Bezerra, quer utilizar como critério de escolha do candidato, exatamente as pesquisas.
Agripino quer Allyson governador, e Allyson lidera todas as pesquisas.
Então…
Até que ponto vale o ‘se fossem as pesquisas Paulinho não seria prefeito’?
Ou simplesmente a intenção é rifar Allyson?
E...
Até que ponto a direita vai caminhar unida no RN nas eleições do próximo ano?
Porque a direita que diverge em relação à escolha do candidato, agora também diverge em relação ao critério da escolha do candidato.