18/02/2025
Bolsonaro sabia e concordou com plano para matar Lula, diz PGR
Do G1
Bolsonaro concordou com plano para matar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
Leia reportagem do G1:
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou nesta terça-teira (18), em denúncia apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o então presidente Jair Bolsonaro sabia e concordou com o plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Se a denúncia for aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro se tornará réu e passará a responder a um processo penal no tribunal.
No documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o órgão lista os atos que foram considerados para embasar as acusações de cada um dos delitos. De acordo com a denúncia assinado por Gonet, Bolsonaro adotou tom de ruptura com a a democracia desde 2021.
"Os membros da organização criminosa estruturaram, no âmbito do Palácio do Planalto, plano de ataque às instituições, com vistas à derrocada do sistema de funcionamento dos Poderes e da ordem democrática, que recebeu o sinistro nome de "Punhal Verde Amarelo", , diz a denúncia.
A peça acusatória destaca que o "plano foi arquitetado e levado ao conhecimento do Presidente da República, que a ele anuiu, ao tempo em que era divulgado relatório em que o Ministério da Defesa se via na contingência de reconhecer a inexistência de detecção de fraude nas eleições".
Ainda conforme a denúncia, o plano tinha o Supremo Tribunal Federal como alvo a ser "neutralizado" e envolvia assassinar o ministro da Corte Alexandre de Moraes e matar por envenenamento o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Outros planos
A denúncia também listou outros planos da organização criminosa, liderada por Bolsonaro, e que tinha por objetivo o "controle total sobre os três Poderes" como a criação de um gabinete central dedicado a organizar "a nova ordem que pretendiam implantar".
"Os planos culminaram no que a organização criminosa denominou de Operação Copa 2022, dotada ela mesma de várias etapas. A expectativa era a de que a Operação criasse comoção social capaz de arrastar o Alto Comando do Exército à aventura do golpe", diz a peça.