26/12/2024
Natal: duas pastas de Cultura e a Ribeira segue abandonada
Quem vai ocupar a pasta da Cultura em Natal na gestão do prefeito Paulinho Freire?
Hoje o setor segue sob o comando da secretária Danielle Mafra, que ainda não é um nome confirmado na gestão do novo chefe do executivo municipal.
E tem um detalhe: Mafra hoje ocupa uma pasta com duas cadeiras que podem ser desmembradas e abrigar dois aliados: a Secretaria de Cultura e a Funcart - Fundação Cultural Capitania das Artes.
Pergunta que não quer calar: ela permanece? Em uma? Nas duas?
Detalhe besta que passa batido pelo natalense: sendo desmembradas, a Funcart pode muito bem continuar cuidando dos eventos e fomentando a classe artística local.
Mas a Secult poderia muito bem cuidar especificamente da revitalização do centro de Natal e da Ribeira.
Nenhum gestor público em Natal vai conseguir ressuscitar o bairro da Ribeira sem uma equipe exclusiva e específica para tratar disso.
Lembrando que não adianta abrir bar, pintar fachada, inaugurar praça porque a Ribeira vai continuar sem existir.
Enquanto não houver um alinhamento entre Prefeitura e iniciativa privada, com a indústria da construção civil envolvida, para criar projetos de moradia na Ribeira, o bairro seguirá com hora para abrir e hora para fechar.
Um bairro só existe se as pessoas morarem nele. Sem isso a Ribeira vai continuar como uma palavra solta gritada em cima de palanques de campanhas eleitorais e aparecendo em letras garrafais em planos de governos. E só.
Já passou da hora da Prefeitura de Natal olhar para a Ribeira, não apenas como uma promessa a mais, mas com vontade e disposição para transformá-la.
Se o prefeito Paulinho quer ser diferente, a Ribeira pode ser sua grande aliada. E a Secretaria de Cultura, ocupada por um arquiteto sonhador, por um historiador, pesquisador...pode ser só o começo.
Lembrando que há 30 anos, foi sonhando que o hoje prefeito eleito Paulinho Freire, criou o Carnatal.
Sobre a Ribeira...
Muita coisa funciona no bairro, como mostrou o jornalista Octavio Santiago no livro “Enquanto eu existir”, fruto de uma longa pesquisa presencial no bairro, revelando o que ainda é atividade mas ninguém conhece.
É como o Blog repete aqui o que já postou muito: sem morador, o bairro segue assim, sem existir.