O que estão fazendo com Paulinho Freire? Criadores da campanha abandonaram o barco e tentam se redimir com números que nunca existiram

Coitado do deputado Paulinho Freire.

O que estão fazendo com ele, pelo amor de Deus?

Primeiro Paulinho não queria ser candidato a prefeito de Natal. Era público e notório.

Até conversou com o candidato Carlos Eduardo sobre a possibilidade de estarem juntos.

Mas aí chegou um grupo formado pelo presidente do União Brasil, José Agripino Maia; o presidente do PL, senador Rogério Marinho; o presidente do Podemos, senador Styvenson Valentim; o presidente do PP, deputado João Maia, que delegou a função ao presidente municipal, vereador Eriko Jácome; o presidente do PSDB, Ezequiel Ferreira, que delegou ao presidente municipal, vereador Klaus Araújo, e por fim o presidente do Republicanos, prefeito Álvaro Dias e o presidente do Solidariedade, Kelps Lima.

Foram muitos partidos, muitas promessas, muitos planos, sem contar com as muitas articulações para 2026.

O projeto Paulinho seria apenas uma ponte para os projetos futuros. Paulinho acreditou que teria o apoio maciço de todos para construir essa ponte a partir da Prefeitura de Natal.

Mas a candidatura seguiu sem muita musculatura e os presidentes começaram a abandonar Paulinho.

Presidente do partido de Paulinho, que mais costurou a candidatura dele, José Agripino ainda não apareceu em uma caminhada. Não segurou uma bandeira do 44. E no primeiro dia de campanha estava na França.

Presidente do Podemos, Styvenson, a quem Paulinho declarou fidelidade e parceria quase eterna, tem feito campanhas pelo interior. Não foi visto ainda fazendo bandeiraço para 'seu' candidato da capital

Descaradamente e declaradamente focado nas eleições de 2026, Rogério Marinho não parece mais estar preocupado com a construção da ponte que não ganhou musculatura nem com a presença do 'mito' Jair Boldonaro. O ex-presidente foi o presente de Rogério para Paulinho em seu primeiro dia de campanha, mas o resultado foi desastroso. Paulinho caiu na pesquisa seguinte à presença de Bolsonaro na praia da Redinha. 

Nas caminhadas de Paulinho, Rogério deu as caras em algumas, sempre tendo o cuidado de não cruzar com o prefeito Álvaro Dias. Os dois continuam sem se bicar.

Eriko e Klaus, representando o PP e o PSDB, parecem mais os sobreviventes do barco abandonado. Estão sempre preocupados em promover encontros com a presença do prefeitável.

Kelps Lima, que se desgarrou de Carlos Eduardo depois de ter sido vetado para a vaga de vice, se agregou à campanha de Paulinho, mas também no estilo 'tem, mas tá faltando'.

Sobrou para Álvaro, que convocou auxiliares diretos e cargos comissionados a tocarem o barco à deriva. E eles estão lá todos os dias, vestindo farda azul e segurando bandeiras, mas em contato direto com interlocutores da campanha de Carlos Eduardo, onde a maioria pretendia estar. É visível a chateação de muitos.

E o grupo da Prefeitura tem se chateado até mesmo com Paulinho, que por confiar em um palanque tão poderoso, não construiu sequer um grupo de seguradores de bandeiras, e chega sozinho às caminhadas, contando sempre com o trabalho incansável da turma da Prefeitura.

Aquele grupo de farda azul que enche as caminhadas de Paulinho é formado por servidores da Prefeitura. E o prefeito Álvaro pode até não aparecer tanto, mas está sempre representado por Joanna Guerra, a vice indicada por ele, e tem garantido o barulho das caminhadas e bandeiraços. Não fosse Álvaro e seu povo da Prefeitura, só haveria movimento se tivesse a presença dos candidatos a vereador, que também chegam com seus grupos, que garantem apoio ao vereador, mas...nem sempre ao mesmo candidato a prefeito.

Pois é..,

Para justificar o abandono a Paulinho, os líderes de sua campanha resolvem montar um quebra cabeça de números. Números de pesquisas que não existem, na tentativa de jogar a última pá de cal sobre um projeto que não deu certo.

A pesquisa que coloca Paulinho Freire empatado com Carlos Eduardo é uma peça de marketing, na tentativa de fazer até mesmo o candidato acreditar.

Tenho certeza absoluta que Paulinho Freire não acredita que empatou com Carlos. Ele tem certeza que não empatou. Aliás, ele sabe que se há empate dele é com Natália Bonavides, que a pesquisa coloca lá embaixo, mas que pode ultrapassar Paulinho.

Em uma peça de marketing, ainda mais de uma campanha política, se coloca o que se quer que aconteça, e não o que está acontecendo, ainda mais se o que está acontecendo não favorece ao candidato.

Paulinho Freire, literalmente, não está empatado com Carlos Eduardo, que continua liderando todas as pesquisas.

O que estão fazendo com Paulinho Freire é a mesma coisa que um dia fizeram com Wilma de Faria, e isso eu vou contar na próxima postagem.

Sacanagem o que estão fazendo com Paulinho.