21/07/2024
Qual o prejuízo da campanha de Carlos Eduardo se formar uma chapa sem Kelps Lima?
O ex-deputado Kelps Lima não vai ser vice de Carlos Eduardo como queria.
Tentou um bocado.
"Dificilmente não estaremos juntos esse ano", chegou a dizer Kelps em março, num discurso público.
Teve até abraço no ex-prefeito, a quem Kelps sempre direcionou uma metralhadora giratória, e com quem chegou a disputar a Prefeitura.
Foi em 2016, quando Carlos Eduardo se elegeu no primeiro turno com 63,42% da votação, o equivalente a 225.741 votos.
Kelps foi o segundo colocado. Teve 13,37% da votação, o equivalente a 47.576 votos.
Kelps também disputou a Prefeitura de Natal em 2020, quando o atual prefeito Álvaro Dias, com apoio de Carlos Eduardo, também se elegeu no primeiro turno. Em segundo lugar ficou Jean Paul Prates e em terceiro o Delegado Leocádio. Kelps ficou em quarto lugar, obtendo 5,87% da votação, o equivalente a 20.190 votos.
Agora Kelps anunciou que dificilmente não estaria com seu ex-adversário. Mas esqueceu de dizer que só estaria se fosse o vice.
Como não conseguiu o prego batido e ponta virada antes de uma qualitativa encomendada pela campanha de Carlos para definir a chapa, Kelps desistiu. Na sexta, final da tarde, por volta das 17h, se reuniu com o prefeitável, e sem o '100% ok', desistiu da aliança.
Poucos dias antes já tinha acenado um possível apoio ao candidato de direita, Paulinho Freire, de quem seria o adversário mais ferrenho, caso tivesse sido escolhido vice de Carlos. Já tinha o discurso pronto para bater em Paulinho, agora pode ter que ressignificar as palavras para elogiar o quase adversário.
Na quarta-feira, dia 24, o Solidariedade, partido de Kelps, fará a convenção em Natal, e certamente definirá se vai subir no palanque de Paulinho.
O Solidariedade começou apresentando o deputado Luis Eduardo como pré-candidato a prefeito. Depois retirou a pré-candidatura para trabalhar a aliança com Carlos Eduardo. E poderá chegar à campanha apoiando Paulinho Freire.
Resta saber qual o impacto do apoio em Natal.
No palanque de Carlos, o impacto seria mais de mídia do que de votos.