02/10/2023
Dizer que pode ficar no governo até fim do mandato livra Fátima de problemas desnecessários de formação de palanques para 2026
A viagem da governadora Fátima Bezerra para a Espanha, transmitindo o governo pela terceira vez para o vice Walter Alves, foi mais uma demonstração de confiança da chefe do executivo potiguar em seu companheiro de gestão.
Há poucos dias, na entrevista ao FALEI PODCAST, Fátima ressaltou que Walter goza da sua confiança.
Da entrevista, o que mais repercutiu na mídia foi a declaração da governadora, de que "pode ficar" no governo até o fim do mandato. O que não significa que ela "vai ficar".
Fátima depende de vários fatores para tomar essa decisão.
Para renunciar ao governo seis meses antes das eleições, precisa ter confiança na sua provável eleição para um mandato no Senado. Caso não acredite em sucesso eleitoral, não renunciará.
Mas essa não é uma decisão para tomar agora.
Se disser que pode ser candidata e que pode renunciar seis meses antes, Fátima enfrentará problemas desnecessários ao momento. Problemas eleitorais, de formação de palanques. E disso ela quer se livrar, vez que, antes do palanque de 2026, existem os palanques de 2024, quando a governadora terá candidatos em Natal e em muitos municípios do Rio Grande do Norte.
E o resultado de 2024, com o comportamento dos aliados, também definirá pelo menos o rascunho de 2026.
Portanto, é precoce dar como certo que Fátima vai ficar no governo até o fim do mandato.
É uma manchete que não se sustenta, pelo menos no momento atual.