Ouvido em inquérito policial que apura atuação da Codevasf no RN, ex-superintendente do órgão nega que esteja sendo investigado e envia nota ao Blog

Por meio de mensagem enviada ao Blog pela assessora Gabriela, o ex-superintendente da Codevasf no Rio Grande do Norte, Wellington Dias, encaminhou a seguinte nota:

Ao Blog da Thaisa Galvão.

Em atenção a nota publicada no Blog nesta manhã (3/09), informo que:

Na sexta-feira (1º/09), não fui exonerado pelo presidente Lula da Superintendência Regional da Codevasf em Natal (RN), mas pedi transferência para o Estado do Maranhão por questões pessoais. 

Não estou sendo investigado por irregularidades do órgão no RN, tampouco tenho informação alguma de AIJE contra mim. 

Meu pedido de transferência não tem nenhuma relação com uma ex-funcionária terceirizada da Companhia, que, em abril deste ano, ao ser informada de seu desligamento da empresa prestadora de serviço, ficou bastante alterada e dirigiu-se a mim com agressões verbais, ameaças e falsas acusações. 

Diferentemente do que o blog noticia, não existe ação judicial que tenha acelerado minha saída. A ex-funcionária terceirizada ajuizou reclamação trabalhista, cuja sentença foi totalmente improcedente. Vale ressaltar que todos os pedidos da reclamante foram julgados improcedentes. Além disso, a sentença dispõe sobre a falsa argumentação de agressão da ex-funcionária terceirizada. Em relação à foto publicada neste blog, testemunhas foram ouvidas e afirmam que a ex-funcionária terceirada não ostentava nenhuma destas lesões. A autora também não apresentou nenhuma prova de que teria sido agredida e de que as lesões alegadas foram provocadas por mim.

Wellington Lopes, Analista em Desenvolvimento Regional da Codevasf

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Do Blog 

Nomeado para a superintendência da Codevasf no RN no início do governo Bolsonaro pelo ministro do Desenvolvimento Regional Rogério Marinho, Wellington permaneceu no cargo por 8 meses no governo Lula. Permaneceria mais, tanto que no dia da exoneração, tinha na agenda pública da Codevasf, uma audiência com o deputado Girão (PL). Se tivesse ciência da saída naquela data, teria marcado com o deputado um café em um restaurante,

Wellington foi exonerado pelo presidente Lula. Porém, como servidor efetivo do órgão, havia pedido transferência por orientação do senador Rogério Marinho, diante do andamento do inquérito policial que investiga a atuação da Codevasf no Rio Grande do Norte.

Sobre a ação judicial a partir de suposta agressão a uma servidora, publicado pelo blog de Juliana Celli e repercutido aqui, com foto de suposta agressão física, a jornalista ressaltou, após também publicar a nota enviada pelo ex-presidente: "A foto divulgada pelo blog consta no exame de corpo delito realizado pelo Itep quando a funcionária registrou o Boletim de Ocorrência. O blog também teve acesso a conversas que utilizaram o argumento da acusação existente contra o ex-superintendente para afastá-lo do cargo", escreveu Juliana.

Wellington afirmou ainda na nota enviada ao Blog, que desconhece AIJE contra ele, e nega que esteja sendo investigado.

Realmente a AIJE citada pelo Blog não é contra Wellington Dias, mas contra o senador Rogério Marinho.

E quanto ao fato de ser ou não ser investigado, e ele nega que seja:

Wellington, assim como vários prefeitos, ex-deputados, deputados, servidores...foram ouvidos pela Polícia Federal no inquérito policial que apura a atuação da Codevasf no RN. Um prefeito, inclusive, foi ouvido na quarta-feira (27), e ao todo, os interrogados já passam de 40, entre eles o então superintendente da Codevasf no RN.

Porém, como o inquérito corre em segredo de justiça, qualquer envolvido, se valendo desse segredo, se sente confortável para dizer que não está acontecendo nada.

O Blog segue aberto a publicar mais informações sobre o assunto.