03/09/2023
Com aval de Lula, União Brasil perde a Codevasf no RN e novo superintendente terá a confiança da governadora Fátima Bezerra
Com a exoneração de Wellington Dias da superintendência potiguar da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba, o União Brasil perde a Codevasf no Rio Grande do Norte.
Apesar do partido ter o comando do órgão em nível nacional, no RN a legenda passa longe de acomodar um aliado para substituir o pernambucano da confiança do senador Rogério Marinho, e que foi exonerado pelo presidente Lula exatamente no dia em que esteve em terras potiguares.
Com aval de Lula, e anuência do comando nacional do partido, o novo superintendente da Codevasf no RN será um nome da confiança da governadora Fátima Bezerra.
Desde que o presidente Lula assumiu, e saiu fatiando o governo com os dissidentes do bolsonarismo que pertencem ao Centrão que não consegue viver sem cargos, e a Codevasf caiu nas mãos do União Brasil, no Rio Grande do Norte o órgão continuou comandado por Rogério. Foram exatos 8 meses de Rogério com todos os poderes, continuando como mentor do superintendente nomeado por ele.
A saída de Wellington do cargo não significa só a queda de Rogério, mas do União Brasil.
Presidente do partido no RN, o ex-senador José Agripino Maia já havia sido consultado pelo comando nacional para indicar o comando da Codevasf. E ele indicou Ivan Júnior, o ex-candidato a vice-governador na chapa que bateu de frente com a governadora reeleita Fátima Bezerra, do PT de Lula, no pleito do ano passado.
O Palácio do Planalto disse não, e Agripino saiu de cena. Disse ao Blog que não indicaria um outro nome porque não iria constranger um aliado. Para ele, fazer uma nova indicação seria desmerecer seu aliado Ivan Júnior.
Os deputados do União, Paulinho Freire e Benes Leocádio, poderiam até fazer a indicação que o líder Agripino se negaria dali pra frente. Porém, tanto um quanto o outro tem relação de aliado com Rogério, que seguiria todo poderoso.
Mas, na mesa de Lula, há muito havia rabiscos que apontavam para uma Codevasf potiguar com cara e jeito de PT, e de PT de Fátima.
A atuação da Codevasf em municípios, muitas vezes até chegando com obras sem combinar com as prefeituras adversárias de Rogério, foi fundamental para a eleição de Marinho para o Senado, e isso foi calculado no Planalto, que em plena crise financeira atingindo os estados, optou por não deixar a Codevasf, sempre tão cheia de recursos, nas mãos de aliados do maior adversário do PT no Rio Grande do Norte.
Agora é aguardar qual nome da confiança de Fátima vai ocupar a cadeira mais procurada pelos mais de 100 prefeitos que votaram em Rogério Marinho nas eleições do ano passado.