Sem dispor mais do poder do Palácio do Planalto, Rogério sonha contar com prefeitos aliados de Fátima para manter o comando da Femurn

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O senador eleito Rogério Marinho (PL) vai fazer de tudo para manter sob seu comando a Federação dos Municípios do RN, Femurn, que atuou durante a campanha como comitê eleitoral do bolsonarismo.

Para isso Rogério tenta convencer o nome mais forte do seu grupo, o prefeito de Natal, Álvaro Dias, a disputar a presidência da Federação.

Acontece que dos mais de 100 prefeitos que votaram em Rogério, a maioria votou na governadora Fátima Bezerra (PT), e agora precisam do governo Lula para administrarem seus municípios.

E esses prefeitos que adotaram a chapa 'Farinho' (Fátima/Marinho), sabem que, dos dois, quem vai ter a famosa chave para abrir portas em Brasília será Fátima.

Eleito senador, Rogério será em Brasília a partir do próximo ano, sem Codevasf, sem Ministério do Desenvolvimento Regional e sem Bolsonaro presidente, um senador como tem sido Zenaide Maia hoje. Sem chaves para abrir portas no Planalto, resumirá seu mandato às emendas a que terá direito. Assim como Zenaide.

Aliada da governadora Fátima e do presidente Lula, Zenaide receberá a chave que Rogério sonhou que seria dele.

Portanto, a eleição da Femurn, que começa a se desenhar mas só acontecerá no próximo ano, terá como eleitores uma turma de prefeitos que aplaudiu a reeleição da governadora Fátima Bezerra e a eleição do vice-governador Walter Alves.

Presidente do MDB, Walter conta hoje com o maior número de prefeitos filiados, e sairá do MDB o nome do prefeito que vai disputar o comando da Femurn.

O nome tirado do maior grupo de gestores deverá sair com apoio da governadora e do presidente da Assembleia e do PSDB, Ezequiel Ferreira, e o que se ventila no momento é o do prefeito de Lagoa Nova, Luciano Santos.

Juntos, o MDB de Walter e o PSDB de Ezequiel detém o maior número de prefeitos.

Prefeitos que vão precisar 'mandar bem' em seus municípios no próximo ano e que sabem que a 'chave da porta' não estará mais com Rogério Marinho.

Álvaro sabe que para ser presidente da Femurn não pode contar com o voto de um senador.