23/09/2022
Pesquisas encomendadas por candidatos vão tentar iludir eleitores nos últimos dias de campanha no RN
Faltando 9 dias para as eleições, a ordem é iludir o eleitor.
Faz parte.
E números de pesquisas são os fatores primordiais de campanhas políticas para iludir os eleitores.
No Rio Grande do Norte, a campanha para o governo, é considerada definida, com a reeleição da governadora Fátima Bezerra (PT).
O resultado não é comemorado pelo grupo da governadora que segue trabalhando e evitando o salto alto, afinal de contas, resultado de eleição só vale depois de contabilizados os votos nas urnas eletrônicas.
A queda de braço continua para o Senado e a ordem para as pesquisas encomendadas pelo grupo do ex-ministro Rogério Marinho (PL) é colocar seu nome em primeiro lugar, onde até o próprio candidato sabe que não está.
Os 9 dias que faltam para as eleições serão dedicados à disputa pela vaga única do Senado.
Puxado pelos cabelos pela governadora Fátima Bezerra (PT), o candidato Carlos Eduardo lidera as pesquisas - até mesmo as internas de Rogério - e os últimos dias serão definitivos para que o ex-prefeito de Natal reforce sua base eleitoral na capital e melhore em Parnamirim, onde a imagem do pai, ex-prefeito Agnelo Alves parece não ter mais sobre Carlos, o efeito que parecia ter no começo da campanha.
Carlos precisa melhorar em Parnamirim, tanto para subir suas intenções de votos na grande Natal, como para abrir as portas que vem se fechando para a candidatura de sua esposa Andreia à prefeitura do terceiro maior colégio eleitoral do RN.
Garantido pelas pesquisas que contrata, e pela mídia 'espontaneamente' do seu lado, Rogério Marinho aposta numa enxurrada de pesquisas. Todas colocando seu nome no topo, anunciando uma eleição tranquila, quando na realidade o candidato do presidente Bolsonaro pode terminar as eleições amargando uma terceira posição.
Confiando no poder de transferência de votos dos prefeitos, Rogério poderá sofrer uma decepção atrás da outra pelos municípios do interior. Basta consultar postagens de prefeitos com seu candidato a senador e conferir os comentários feitos pelos próprios eleitores dos prefeitos, para concluir que o eleitor não ouve o pedido de voto do gestor para escolher seu candidato a senador.
Foram vários os prefeitos ouvidos pelo Blog, muitos deles apoiadores de Rogério, que disseram que prefeito ainda consegue convencer a população a votar num candidato a deputado estadual ou num candidato a deputado federal, mas passando para Senado, Governo e Presidência, o voto do eleitor é cada vez mais livre. E é nesse clima de liberdade que Rogério perde o que certamente nunca ganhou: os votos dos eleitores que não se submetem mais a fazer parte de curral eleitoral.
Nos municípios governados por prefeitos eleitores de Rogério Marinho, o candidato Rafael Motta (PSB) aponta seu foco na reta final.
Ele sabe que no município que o prefeito pede votos para Rogério, mas o eleitor prefere não ouvi-lo, há uma tendência desse eleitor não optar espontaneamente por Carlos Eduardo, criando no município o clima de 'Nem Rogério nem Carlos".
Faltando 9 dias para as eleições, é grande o número de prefeitos que, com base no propósito de que o voto para o Senado é livre, deixa seu eleitorado cada vez mais livre, fazendo corpo mole.
Faltando dois anos para as eleições municipais, prefeitos precisam de tudo, manos de indisposição com seu eleitorado.
Sem atender o pedido do prefeito para votar em Rogério, e sem encontrar motivo para votar em Carlos, o eleitor espontâneo pode encontrar em Rafael o candidato que tenta, pelo menos, mudar o quadro do nem um nem outro. Nem Rogério nem Carlos.
Os últimos 9 dias de Rafael serão focados nesse eleitor, que se torna indeciso a partir de um pedido do prefeito.
Prestar atenção nas pesquisas será fundamental para o eleitor potiguar nos próximos últimos dias de campanha, lembrando que todas as pesquisas divulgadas no Rio Grande do Norte, ou são contratadas pelo grupo de Carlos Eduardo ou pelo grupo de Rogério.
Precisa dizer mais nada.