Empresária Luíza Trajano se nega a revelar seu candidato mas diz que em setembro quer “parar o Brasil”

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Nem um pouco disposta a entrar para a política, mas totalmente envolvida nas questões do Brasil, a empresária Luíza Trajano, dona da rede Magazine Luíza, em entrevista ao Globo deste domingo, disse que em setembro pretende “parar o Brasil”.

Ela não revela quem é seu candidato mas diz que o movimento “Mulheres do Brasil”, que ela preside, fará um grande barulho.

Confira trechos da entrevista:

Já tem candidato escolhido?

Não vou te falar isso. Eu sou de um grupo que não posso me expor, sabe? Eu já não saí candidata por causa disso. Eu acredito na sociedade civil. O 5G eu apoiei. Levei paulada, mas apoiei, como apoio o Bolsa Família, como sou totalmente contra qualquer tipo de fascismo, de discriminação.

Sou a favor da democracia, e aí cada hora eu sou uma coisa, né? A hora que eu apoio o Bol- sa Família, eu sou esquerda. Quando eu apoio o 5G, que foi uma coisa boa para o Brasil, eu sou com Bolsonaro e sou de direita porque quero subir minhas ações. Então, assim, eu apanho dos dois lados.

Eu quero fazer um grande movimento em setembro para unir o Brasil inteiro. A gente tem que resgatar o que esse país tem de bom. Chega. Eu estou fazendo campanha até fora do Brasil pra isso. Se esse Brasil gerasse emprego, é uma potência maravilhosa.

Quando eu começo a falar… Igual fiz com a vacina (o Mulheres do Brasil lançou na pandemia o movimento Unidos pela Vacina). Você vai ver. Setembro eu quero parar o Brasil junto com todo mundo para a gente fazer um grande Unidos pelo Brasil. Sair dessa dicotomia. Tem muita gente cansada dessa dicotomia.

*

A senhora já disse que o Mulheres do Brasil vai agir em relação à desinformação nas eleições. Como vai ser?

Vamos tentar esclarecer o processo eleitoral do Brasil, mostrar o que é a urna. Não é ligada à internet, se você põe uma ferramenta na urna, ela para. O sistema é tão bonito, tão seguro, que agora que eles resolveram, você vê que agora estão na TV (a campanha do Tribunal Superior Eleitoral sobre segurança nas urnas).

Ainda acho que não falam a língua do povo, porque tem que ser mais direto, né? Porque nós temos uma campanha contra a urna eletrônica, tá certo? Se tiver segundo turno, você se prepara que vai ser pior. Vai ser uma campanha muito pesada.