05/07/2022
Mídia não dá destaque à decisão que livrou Lauro Maia e João Henrique de condenações e nem jornal de amigo de Wilma repôs manchetes que atacaram as duas famílias
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Da coluna impressa do Blog no Novo Notícias que circulou em Natal nesta segunda-feira:
MÍDIA QUE DESTRÓI
A mídia que destrói, dificilmente faz o mínimo de esforço para reconstruir.
E as manchetes que jogaram no lixo Lauro Maia, filho da então governadora do Rio Grande do Norte, Wilma de Faria, e o auxiliar do Governo, João Henrique Lins Bahia, não deram o espaço devido para a decisão judicial recente.
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Há poucos dias o Tribunal Federal da 5ª Região, em Recife, absolveu Lauro e João Henrique dos crimes de corrupção passiva, fraude à licitação e formação de quadrilha, e reduziu a pena pelo crime de tráfico de influência para 2 anos e dois meses para João Henrique e 2 anos e quatro meses para Lauro Maia, convertidos em serviços comunitários.
NÃO RECONSTRÓI
A pena atribuída a João Henrique era de 12 anos de reclusão, e a de Lauro Maia, de 16 anos. E como as penas até 4 anos prescrevem em 8 anos, eles terão suas penas prescritas e estão livres de qualquer condenação.
Mas foram 14 anos de sofrimento para as famílias, com rebordosas a cada decisão que virava manchete nos jornais, tvs, programas de rádio e na internet.
A decisão que livrou os dois de condenações não teve destaque nos veículos que tanto machucaram.
A manchete que Wilma se foi esperando ser publicada na Tribuna do Norte, hoje de seu amigo Flávio Azevedo, não saiu.
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Do Blog:
A TRISTEZA DE WILMA
Derrotada na disputa pelo Senado em 2014, e atribuindo o insucesso nas urnas ao processo que acusava o filho Lauro dos vários crimes citados acima, a ex-governadora Wilma de Faria caiu em uma tristeza profunda.
Um dia veio na minha casa. Disse que queria conversar, já que na condição de derrotada e de ‘mãe de Lauro’, poucos lhe davam atenção.
Ela não falava de familiares nem de amigos, claro.
Falava do meio político, onde ela sempre quis estar, de onde ela não desejava sair.
Durante algumas horas conversando, Wilma expôs o que mais queria naquele momento, mesmo sabendo que sem a caneta de governadora na mão, e a farta verba publicitária, não poderia pedir.
Ela queria uma página da Tribuna do Norte com uma entrevista de Lauro, dizendo exatamente tudo o que o Tribunal Federal da 5ª Região disse agora.
Sem poder, não conseguiria, e o desejo ficou guardado e apertando seu coração que o levou a uma série de problemas de saúde que quase lhe deram uma derrota na disputa por uma cadeira de vereadora na Câmara de Natal.
Wilma se foi sem ler a página que elaborou no seu pensamento, em uma edição da Tribuna.
Hoje poderia, lá onde está, se dar por satisfeita, com a decisão da justiça preenchendo a página que ela morreu sem ler.
Mas…
Nem a página nem a manchete.