03/07/2022
Rafael Motta: o voto do eleitor que não suporta Carlos nem Rogério
[0] Comentários | Deixe seu comentário.
A única vaga do Senado continua tendo a disputa mais empolgante nas eleições deste ano no Rio Grande do Norte, e o que se vê nos grupos governista e de oposição, é um par ou ímpar que poderá terminar em zero a zero: nem Carlos Eduardo, no palanque da governadora Fátima Bezerra nem Rogério Marinho, no palanque do presidente Jair Bolsonaro.
Rafael Motta, deputado em segundo mandato, tem rodado o estado e conquistado o apoio do povo. Do eleitor.
Não tem com ele os prefeitos que estão comprometidos com Rogério, nem a militância do PT da linha da governadora Fátima.
Filiado ao PSB, partido de Geraldo Alckmin, o vice na chapa de Lula, Rafael é o susto que Carlos não queria, e o ódio que Rogério não precisava.
Sem falar que Rogério tem Bolsonaro como presidenciável e Carlos tem Ciro Gomes.
Para Rafael, do PSB de Alckmin, sobrou só Lula.
Abaixo de Carlos Eduardo, como mostram todas as pesquisas - ah, as pesquisas - Rogério segue rodeado de prefeitos, mas olhando sempre para trás, onde enxerga Rafael mais próximo da população do que ele.
E aí o rogerismo espalha a narrativa que a entrada de Rafael fortalece Rogério porque tira votos de Carlos Eduardo.
Mas é notório que Rafael tanto agrada carlistas, que estão com Carlos porque não suportam Rogério, como agrada rogeristas, que estão com Rogério porque não suportam a ideia de votar em Carlos Eduardo e nem no PT.
É cada vez maior a parcela do eleitorado que está por estar, tanto de um lado quanto do outro; o índice dos que seguem entre indecisos, brancos e nulos, que é bem alto, ressalta bem o ‘nem Carlos nem Rogério’.
Mais próximo de Rogério, que está na segunda colocação em todas as pesquisas, Rafael Motta pode, sim, ultrapassar o ex-ministro que diz se orgulhar de ser bolsonarista.
E se tiver ritmo para ultrapassar Rogério, a sensação de candidato em velocidade poderá apertar com mais força o acelerador de Rafael. E o candidato do PSB poderá não encontrar dificuldade para ultrapassar Carlos.
Quanto mais Carlos e Rogério se aproximarem um do outro nas pesquisas, mais fácil será, para Rafael, se ganhar fôlego, ultrapassar os dois de um salto só.
Por enquanto Rafael está na terceira posição, mas já na linha dos dois dígitos, e se apresentando como candidato que mais crece ou tende a crescer.
Carlos continua no patamar que esteve desde que decidiu se candidatar, sem saber ainda se a governador ou a senador, e sem saber também se com apoio do governismo estadual ou do governismo federal.
Rogério disputa o Senado desde que foi ser ministro de Bolsonaro. Subiu dos números quase negativos para um patamar que lhe foi emprestado por prefeitos aliados que foram bem atendidos pelo Ministério do Desenvolvimento Regional.
Rafael, ao contrário de Carlos, chega a muitos municípios recebendo agradecimentos por ter destinado emendas para obras. E ao contrário de Rogério, chega aos municípios como político que votou contra a reforma trabalhista, relatada por Rogério e que lhe rendeu derrota em 2018 quanfo tentou se reeleger deputado.
Portanto…
Rafael Motta pode não parecer para quem não quer, mas pode ser sim, o número positivo no meio do zero a zero entre Carlos Eduardo e Rogério Marinho.