19/02/2022
PT não consegue convencer aliança com Carlos Eduardo Alves
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A cúpula do PT da governadora Fátima Bezerra tenta justificar a aliança com o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, a quem Fátima atacou nas eleições de 2018 e por quem foi atacada.
“Sempre foi rico e nunca soube o que é seca”, dizia Fátima.
“Não podemos errar de novo e votar no PT”, esbravejava Carlos, chamando o partido de Fátima de “corrupto” e pedindo votos para Bolsonaro.
Hoje, para o PT de Fátima, Carlos é um nome forte pois quase não perdeu eleições.
Não é bem por aí...
Carlos sempre foi produto de Wilma de Faria e quando foi para o embate sozinho, como nas duas vezes que disputou o Governo, foi derrotado.
A segunda vez... por Fátima.
O ex-prefeito cumpriu o 1º mandato – de dois anos - com a renúncia de Wilma. A Prefeitura caiu no seu colo.
Se reelegeu com a força da então governadora Wilma de Faria e a popularidade da então vice, jornalista Micarla de Sousa.
Não fosse a força das duas mulheres, teria perdido a eleição para Luiz Almir.
Para tentar provar pra ele mesmo que o forte era ele, e não elas, se voltou contra as duas. Traiu as duas.
A prova de que não era forte: na eleição seguinte Micarla se elegeu prefeita de Natal em primeiro turno, e ele derrotou sua candidata...Fátima Bezerra.
Quatro anos depois voltou a se valer de Wilma de Faria para votar à Prefeitura de Natal. Foi eleito outra vez, e com Wilma de vice.
Mais uma vez jogou Wilma na lama, e a ex-deputada federal, ex-prefeita de Natal por 3 mandatos, ex-governadora do Rio Grande do Norte duas vezes, não tinha força sequer para garantir um espaço a uma liderança de bairro. Era aquilo que Carlos sempre filosofou: “vice é vice”.
Se reelegeu tendo como vice Álvaro Dias e sequer ajudou Wilma a se eleger, com dificuldade, vereadora de Natal.
E certo de que era forte, renunciou dois anos depois para disputar o Governo.
Foi derrotado...por Fátima.
Hoje o PT de Fátima diz que Carlos segue dominando o cenário municipal, tanto que emplacou a vice do prefeito Álvaro Dias, sua ex-auxiliar e prima de sua esposa, Aíla Ramalho.
Mas, na Prefeitura, ninguém sabe o que Aíla faz.
Aliados de Álvaro dizem que ele seguiu a filosofia de Carlos e adotou, para Aíla, o ‘vice é vice’.
Álvaro se reelegeu em primeiro turno sem um pedido de voto feito por Carlos, e hoje os dois vivem em clima de falsidade, um dizendo que é amigo do outro.
Porém, Álvaro não renunciará à Prefeitura para disputar o Governo, com chance de se eleger, para não entregar a Prefeitura à vice...ou a Carlos.
A leitura que o PT faz de Carlos Eduardo não convence.
E dizer que ele é o dono dos votos de Natal e de Parnamirim, menos ainda.