01/11/2021
Entre os líderes mais importantes do mundo, Bolsonaro só conseguiu andar pra trás e pisar no pé de uma das duas únicas mulheres do G20
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Isolado, ignorado, desconcertado e vazio, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro não para de pagar mico quando decide sair de sua zona de conforto: o Palácio do Planalto ocupado por uma tribo nomeada por ele, e o cercadinho do Palácio da Alvorada, que autoriza a entrada de pessoas após análise sobre quem é e o que vai dizer cada “fã” do capitão.
Basta sair do Brasil para fazer vergonha: a ele mesmo, ao Brasil e ao mundo.
Em Nova York, em setembro, por negar vacina, foi barrado em restaurantes e foi alvo de protestos públicos.
Foi destaque negativo na imprensa do mundo todo.
Agora em Roma, a vergonha foi gigantesca.
Sem conteúdo para discursar além de um texto escrito por assessores, ou de conversar além da galera do cercadinho, o presidente não conseguiu levantar um assunto para tratar com nenhum chefe de estado da cúpula mundial. E todos estavam ali, do lado dele. Nem precisava de audiência.
Diante de presidentes dos países mais importantes, ele não conseguiu engatar um assunto de interesse mundial. Reclamou da imprensa e disse que tinha aprovação popular.
Mentiu, claro.
E para não ficar tão em silêncio, tentou uma conversa com uns garçons, que não foram mal educados, mas não lhe deram o menor cabimento.
Sem conseguir andar pra frente, o desorientado presidente brasileiro deu uns passos para trás…e pisou no pé de Ângela Merkel, chanceler alemã prestes a concluir seu mandato.
“Só podia ser você”, disse a educada Merkel em tom de brincadeira. Brincadeira que se encaixa plenamente na frase histórica de Freud, que dizia que “brincando pode-se dizer de tudo, até mesmo a verdade”.
Depois, em um jantar, Bolsonaro sentou ao lado de Ângela Merkel e conversou…sobre o 7 a 1 da Alemanha contra o Brasil na última Copa.
Ciência, desenvolvimento, economia…nem pensar. Bolsonaro não tem capacidade.
Não é à toa que um jornalista pergunta ao presidente sobre o evento do G20 e ele responde dizendo que o profissional não tem vergonha na cara; que um repórter quer saber por que o presidente não vai para a Conferência do Clima na Escócia e ele, mesmo sendo o representante do Brasil no mundo, diz que não tem satisfação a dar, quando tem e deve.
Bolsonaro não se preparou para ser presidente.
Se preparou para ganhar eleição, como agora exige um fura teto, abrindo mais uma crise na economia, para tentar estabelecer um programa - mesmo provisório - para iludir a pobreza que acaba de virar orfã do Bolsa Família.
Bolsonaro é uma farsa.