22/08/2021
2 de abril: data que tira o juízo dos ministros Fábio Faria e Rogério Marinho
[0] Comentários | Deixe seu comentário.
Dois de abril.
É essa a data para quem está pendurado em um cargo mas quer ser candidato, se desincompatibilizar.
Menos os militares, que tem mais tempo…
A expectativa no Rio Grande do Norte é pela desincompatibilização dos ministros Rogério Marinho e Fábio Faria.
Só faltam 7 meses.
Hoje os dois arrancam os cabelos, um do outro, para ter o apoio do presidente Jair Bolsonaro.
Só não entendo o motivo, já que em pleno auge em 2018, Bolsonaro teve 40% dos votos no Rio Grande do Norte, perdendo para Fernando Haddad, do PT, que teve 60%.
No auge.
A menos que o apoio $eja outro.
Fábio e Rogério tem 7 meses para reagir.
As pesquisas apontam os dois parados num patamar que não os levaria a lugar nenhum.
Aí fica a dúvida em torno da data crucial:
Se entregar o Ministério do Desenvolvimento Regional, Rogério teria 6 meses de campanha sem ter cumprido muitas promessas com prefeitos, e sem orçamento para cumprir.
Rogério só tem até dezembro para entregar o que prometeu.
Janeiro e fevereiro será de orçamento fechado no governo, e no dia 2 de abril teria que entregar o cargo.
Resta saber se vai preferir ficar cuidando do orçamento milionário do MDR e do cofre poderoso da Codevasf ou vai arriscar mais uma candidatura sem chance de vitória, depois de ter perdido a eleição para deputado em 2018.
Se entregar o Ministério das Comunicações, Fábio Faria sai sem dever nada no RN, já que a pasta não tem muito o que prometer.
Fábio anda mais preocupado com demandas comerciais nacionais como a venda dos Correios e da Eletrobras e o Leilão do 5G.
Mesmo assim, fora do Ministério, continuará com a caneta na mão.
Há poucos dias Fábio nomeou a jornalista Estella Dantas, pessoa de sua irrestrita confiança, para o cargo de Secretária Executiva do Ministério.
Estella tem hoje a função de ministra substituta, o cargo que realmente executa as demandas do ministério.
Saindo para ser candidato, se não indicar o substituto, Fábio manterá Estella, garantindo a caneta do Ministério na sua mão.
O risco de se jogar numa eleição sem chance é menor para Fábio, que assim como Rogério, não carrega uma derrota na eleição de 2018.
Mesmo na rabeira, foi reeleito deputado federal.
Fábio não quer abrir mão da disputa.
Se sente na obrigação de reforçar a campanha do pai, Robinson Faria, hoje inelegível, mas lutando na justiça eleitoral para reverter o quadro e tentar uma vaga de deputado federal.
Sem se eleger senador, Fábio sonha em voltar para o Ministério e tem o SBT e Sílvio Santos como padrinhos.
Mas aí são outros quinhentos porque Jair Bolsonaro terá que ser reeleito e a coisa não parece fácil.
Bolsonaro hoje está para o Brasil, como Rogério e Fábio estão para o Rio Grande do Norte.