26/05/2021
A guerra dos ministros e o poder que não agrada ao eleitorado potiguar
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Eles que são ministros que se entendam.
Mas não se entendem.
Os ministros potiguares Rogério Marinho e Fábio Faria querem o Senado.
Mas só há uma vaga.
Impossivel a união.
Os dois vem brigando com força nas páginas e vai achando que está ganhando quem demonstra mais poder junto a veículos de comunicação com repercussão nacional.
Fábio botou na cabeça que Rogério disputará o Governo para conseguir para sua candidatura ao Senado, o apoio do presidente Bolsonaro.
Rogério nunca cogitou o governo e segue tentando viabilidade para ser senador.
Os dois sabem que, mais do que agradar prefeitos, precisam conquistar o povo e o recado foi dado ainda em 2006, quando o então candidato Fernando Bezerra perdeu a vaga de Senado para Rosalba Ciarlini.
Fernando, que havia presidido a Confederação Nacional da Indústria, entrado no Senado como suplente, era líder do governo, tinha sido ministro da Integração Nacional, poder do mundo todinho em Brasília, reuniu mais de 150 prefeitos em torno de uma candidatura que o povo não abraçou.
Rosalba era só e somente só prefeita de Mossoró. Foi eleita senadora.
O poder em Brasília não costuma ser revertido em votos e o ex-deputado Henrique Alves sabe disso.
Deputado federal mais longevo na Câmara, com 11 mandatos consecutivos, viveu o melhor momento da carreira política como ministro e presidente da Câmara, assumindo em algumas situações a presidência da República.
Perdeu o Governo para o deputado estadual e ex-predidente da Assembleia Legislativa, Robinson Faria, que à época da eleição era um vice-governador sem caneta, escanteado pela então governadora Rosalba Ciarlini.
Outro exemplo de que o poder é cruel quando ele sobe um degrau acima do mandato para o qual o político se elegeu no Rio Grande do Norte é o ex-senador Garibaldi Filho.
Prefeito de Natal, deputado estadual, governador, Garibadi foi senador duas vezes.
No meio do primeiro mandato, apenas como senador eleito com mais de um milhão de votos, se elegeu para o Governo.
No segundo mandato, conquistado depois de perder a reeleição para o Governo, foi mais além: presidente do Senado e ministro de Estado.
Não se reelegeu senador.
E o campeão de votos foi o policial militar Styvenson Valentim, até então desconhecido da política.
Portanto..
Cabe aos ministros potiguares uma leitura rápida sobre a história política dos últimos anos no Rio Grande do Norte.
E para quem está apostando no apoio do presidente Bolsonaro, vale também dar uma lida nos resultados de urnas do ano passado, para relembrar que os candidatos a prefeito com apoio de Bolsonaro não se elegeram.
Nem São Paulo, nem Rio de Janeiro, nem Belo Horizonte, nem Recife, nem Manaus e nem mesmo nas pequenas Cabo Frio, no Rio de Janeiro e Sobral, no Ceará.
Portanto...de novo...
Melhor uma reavaliação do jogo mal jogado.
Ah..,
E repetindo.
A armação para botar na boca de Bolsonaro uma candidatura de Rogério Marinho ao Governo não colou.
O rapaz jogado na frente do Palácio da Alvorada com um texto pronto para arrancar do presidente o apoio à candidatura do ministro do Desenvolvimento Regional não colou.
Ora, se faz tempo que o povo não cai em armação, não vai ser o presidente da República que vai cair.