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03/04/2021





Diante da queda de braço contra ou a favor da ivermectina, médico intensivista Sebastião Paulino desabafa pedindo união pela cura das pessoas

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Médico intensivista, na linha de frente da pandemia, atendendo pacientes em UTIs, o médico Sebastião Paulino faz um desabafo...

Assim como pensa o Blog, a hora é de buscar o sossego das pessoas que estão cada vez mais assustadas e inseguras, e não de levantar bandeiras em nome da vaidade, deixando os leigos cada vez mais inseguros, cada vez mais assustados.
Sem saber em quem e em quê acreditar, muitas pessoas estão
enlouquecendo…ou estão sendo enlouquecidas.
Tudo o que mais se precisa diante do aumento de casos e de mortes, em Natal, no RN, no Brasil e no mundo, é de paz...

E não é levantando ou baixando a bandeira da ivermectina que essa paz será encontrada.

Eis o desabafo de Sebastião Paulino:

Nobres colegas, amigos e amigas, meu respeito!

A profissão médica está alicerçada em duas premissas fundamentais, cujo espírito humanitário se sobrepõe a qualquer regramento.

São elas:
Preservar a vida e atenuar o sofrimento humano.

O ato de preservar a vida está intrinsecamente atrelado aos desígnios de Deus.
Em minha formação acadêmica tive um professor que costumava repetir em suas aulas a assertiva seguinte: o médico trata; Deus cura.
Esta é uma verdade que conduzo comigo diuturnamente no exercício do meu ofício.

Atenuar o sofrimento humano envolve imperiosa preocupação com nossos semelhantes. É aqui que sentimos a presença forte dos familiares e demais entes queridos.

Dentro de cada criatura humana existe um coração que impulsiona sangue para o corpo inteiro, levando com ele a esperança, a expectativa do retorno, a fé na cura e o desejo incomensurável de que tudo volte ao normal.

É impossível não sentir a dor de uma família no instante em que aquela criatura humana já não respira mais.
Dói. Dói muito saber que uma vida foi interrompida, levando consigo inúmeros desejos e planos.

Muito difícil não chorar com aqueles que ficam.

Não posso abandonar a crença de que a vida continua, embora em outra dimensão.

O que mais me atordoa em meio às adversidades do dia a dia, em plena pandemia, é o conflito de ideias protagonizado pelo conhecimento de tantos medalhões perfilados em busca de notoriedade, dividindo uma classe tão nobre, justamente em um instante em que precisamos tanto de união.

A soberba e a vaidade de grupos antagônicos devidamente representados por profissionais renomados só produzem insegurança em meio à sociedase civil bombardeada por informações conflitantes e perseguida pelo medo.

Ainda não se deram conta da imperiosa necessidade que o mundo exibe de manter acesa a chama da esperança por dias melhores.

Estamos enfrentando um embate de índole e deslinde atroz. Precisamos aniquilar o inimigo.
Nossa frente de batalha não pode ruir.

O mundo clama por união.
Separados e em busca de notoriedade gratuita, seremos fragorosamente vencidos.
Estamos perdendo nossos guerreiros em linha de frente e inúmeros entes queridos.

Jamais, em tempo algum, mendigamos tanto a supremacia da união.
União e humildade.

Somos uma família.

É chegado o momento de organizarmos a nossa linha de frente e modo de atuação, enquanto ainda temos força.

É possível que a sociedade civil organizada nem saiba ainda: a jornada tem sido extenuante e o nosso limite está sendo tangenciado.

Quem cuida também pede socorro.

Deus Existe. Ele é Único.

Sebastião Paulino da Costa.
Médico e Advogado.
Natal, 02 de abril de 2021. Sexta-feira Santa.

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