15/03/2021
Para assumir Ministério da Saúde médica terá que negar preceitos da ciência e adotar as ‘regras sanitárias’ de Bolsonaro
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A médica Ludhmila Hajjar, nome indicado pelo Centrão para substituir Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde, tem que pesar muito os contra que recairão sobre sua profissão.
Em um governo negacionista onde o que rege mesmo são as regras de um capitão, ignorando a ciência e a medicina, a carreira de Ludhmila corre o risco de ser mais uma manchada pelas normas ditatoriais que vem regendo o Brasil durante a pandemia. Tá aí as aglomerações patrocinadas pelo Palácio do Planalto e a campanha arrastada de vacinação, depois de muitas declarações do próprio presidente contrárias a compra de vacinas, e de seus ministros-obedientes-pianinhos em suas redes sociais, contra a vacina.
Como a medicina anda na contramão do pensamento do presidente e de seus ministros-obedientes-pianinhos, Ludhmila será mais uma profissional de saúde a se frustrar por não conseguir colocar em prática os preceitos da medicina, ou a manchar sua carreira caso adote as regras sanitárias do presidente que condena o uso da máscara, nunca foi visto passando álcool em gel ou qualquer outra coisa nas mãos - e diz que ‘todo mundo vai morrer mesmo’...
A médica, indicada pelo Centrão interessado nos cargos e contratos do MS, foi ao Planalto conversar com Jair Bolsonaro neste domingo, e ao entrar no gabinete do presidente foi logo questionada se era contra ou a favor do lockdown.
A médica falou que essa é uma medida extrema, portanto possível, já que não disse simplesmente que era contra, e defendeu uso de máscara e distanciamento social.
Já perdeu ponto na carteira do bolsonarismo e o presidente ficou de pensar.
Nome rifado, portanto.
Para o Ministério, Bolsonaro quer um obediente que bata continência para ele como faz Pazuello.
https://youtu.be/WafD8GPd3G4
Lembrando que por obedecer, Pazuello hoje é investigado e colocou o governo à mercê de uma CPI como ameaça o Centrão na Câmara dos Deputados: ou tira Pazuello ou tem CPI.
Lembrando que os deputados não querem tirar Pazuello para livrar o Brasil da incompetência do militar para o cargo, e sim para garantir muitas benesses que a Saúde e suas portas abertas para a corrupção oferecem.
E a médica Ludhmila Hajjar pode ser o boi de piranha que o Centrão precisa para se fortalecer ainda mais.
Abra do olho, Ludhmila.