09/12/2020
Sem apoio da Anvisa, 'Lei Covid' permite compra de vacinas aprovadas por agências reguladoras de outros países
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O governo federal tem se mostrado pouco simpático a vacinar a população brasileira contra covid.
Trata do assunto politicamente, assume um negacionismo sem limite, e trata a pressa dos governadores como uma questão fora da caixinha.
Quando fora da caixinha está o governo quando segura a Anvisa – nas mãos do presidente negacionista Jair Bolsonaro – para atrasar as aprovações das vacinas.
O ministro Eduardo Pazuello bate no peito para dizer que a campanha de vacinação no Brasil será de responsabilidade do governo federal, mas declara que a Anvisa terá dois meses para autorizar qualquer vacina.
Deixa claro que quer atrapalhar a decisão do Governo de São Paulo, que já anunciou a data da aplicação da primeira dose na capital paulista: 25 de janeiro.
Mas aí vem a Lei Covid, que Pazuello certamente nem contava...
A Lei Covid prevê que a Anvisa terá o prazo de 72 horas para conceder a autorização, caso o imunizante tenha conseguido registro no Japão, nos EUA, na Europa ou na China.
Caso o prazo não seja cumprido e a Anvisa não se manifeste, a autorização é concedida automaticamente.
Portanto, diante da Lei Covid, os Estados poderão encontrar uma saída para fugir do mi-mi-mi do Pazuello.