Presidente volta ao seu 'eu' e retoma a rotina de uma briga por dia

Depois do piti que deu no domingo em Brasília, na frente da Catedral, dizendo que queria encher a boca de um jornalista do Globo de porrada, só porque ele bem lembrou que a primeira dama do Brasil, Michelle Bolsonaro, recebeu 89 mil reais em depósitos feitos pelo preso domiciliar Fabrício Queiroz, o presidente Jair Bolsonaro deu outro.

Dessa vez foi no Palácio do Planalto, durante um evento em que reuniu médicos defensores de cloroquina de todo o Brasil, para entoar o coro de que com cloroquina se vence a covid, mesmo com mais de 1114 mil vítimas fatais no país.

Ressentido ainda com os milhares de tuítes fazendo a mesma pergunta – “Por que sua esposa Michelle recebeu R$ 89 mil de Fabrício Queiroz?”, deu outro piti...

Esquecendo que estava num evento que não tinha como lembrar que, só de covid, 114 mil pessoas morreram no Brasil em 5 meses, falou outra besteira, mostrando que não tem ministro Fábio Faria que vá para a capa do Globo dizer que ninguém aguenta uma briga todo dia.

“Em 78, um soldado numa oficina de cordas caiu numa lagoa que tinha mais ou menos dois metros e meio de profundidade, É pouca coisa. Dois metros e meio é isso aqui. E eu consegui, era um jovem aspirante do exército brasileiro, tinha 23 anos, sempre fui atleta das forças armadas. Aquela história de atleta né, que o pessoal da imprensa vai para o deboche, mas quando pega num bundão de vocês a chance de sobreviver é bem menor”.

Falta de respeito com jornalistas que já perderam a vida após contrair covid e com as famílias e amigos dessas pessoas.