Defensoria cobra retomada integral da frota de ônibus em Natal já que a cidade foi flexibilizada mas empresas continuam com apenas 53% dos veículos nas ruas

Concordo 100% com a ação civil que a Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Norte ingressou, cobrando do Município do Natal, medidas administrativas para que as empresas de ônibus restabeleçam, imediatamente, a circulação de toda a frota do transporte urbano da capital.

Sim, sou 100% a favor porque não dá para conceber que a cidade esteja 100% flexibilizada, com empresas, comércio, bares e restaurantes funcionando, e as pessoas trabalhadoras tendo de sair de casa para garantir essa flexibilização, e se deparem com ônibus mega superlotados.

Porque, se funcionando na integralidade já não atende bem, imagine com metade dos veículos nas ruas.

Apenas 53% da frota se encontra circulando, embora a retomada das atividades econômicas tenha iniciado em junho.

As paradas estão sempre cheias e os ônibus mais ainda, causando risco à população.

Basta uma pessoa infectada com o coronavírus dentro de um ônibus ou numa parada para contaminar sei lá quantas pessoas.

Uma irresponsabilidade inaceitável.

A ação da Defensoria busca possibilitar o deslocamento seguro dos usuários do serviço, sem aglomeração, sem demora e seguindo as medidas sanitárias.

A frota foi reduzida por decreto da Prefeitura ainda em março, no início da pandemia, para 30% e foi aumentando aos poucos até estacionar em 53%.

Segundo a Defensoria, além de não restabelecer o serviço integral após a reabertura das atividades comerciais, o Município permitiu a desativação de 20 linhas de transporte.

“Não se pode admitir que o Poder Público Municipal se omita quanto ao cumprimento do seu dever de prevenir a propagação da infecção humana causada pelo novo coronavírus no serviço de transporte coletivo urbano e que, tomando por base apenas os efeitos econômicos da crise financeira ocasionada pela pandemia da Covid-19, e em dissonância com as próprias normas sanitárias estabelecidas, viole o princípio da precaução e deixe de assegurar o direito fundamental à saúde e à vida dos usuários do transporte coletivo urbano”, registra a ação.

Pois é...

As empresas de ônibus de Natal, que nunca cumpriram as promessas mirabolantes que fazem cada vez que convencem o poder público a autorizar aumento no preço da tarifa, agora ajudam a continuar espalhando o vírus da covid, quando obrigam a população a andar espremida dentro dos veículos, sem condições de cumprir o distanciamento.

E sabe aquela lei que proíbe que os ônibus trafeguem com pessoas em pé?

Não chegou por Natal não...