18/08/2020
Alto índice de crianças infectadas e sem sintomas em São Paulo revela o grande risco de contaminação que a retomada das aulas presenciais poderá causar
Donos de escolas privadas em Natal iniciaram uma campanha para criticar o poder público que até agora não decretou a reabertura das escolas.
Nem o comitê científico do Governo do Estado nem o da Prefeitura de Natal.
Sem testagem feita nos estudantes - as escolas não propõem - o risco de contaminação é silencioso.
Em São Paulo, segundo monitoramento da Prefeitura, mais de 64% das crianças infectadas pelo coronavírus na capital são assintomáticas, e 16% já tiveram contato com o vírus.
O mapeamento foi feito pela Prefeitura de São Paulo em seis mil crianças e adolescentes de 4 a 14 anos.
"64,4% das crianças que testaram positivo foram completamente assintomáticas e 35,6% foram sintomáticas. Quase que praticamente duas vezes mais o número de crianças que testaram positivo e não apresentaram sintomas", revelou o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido.
O dado faz parte do inquérito sorológico realizado pela gestão municipal entre os dias 6 e 10 de agosto, e foram apresentados no início da tarde desta terça-feira (18) pelo secretário e pelo prefeito Bruno Covas (PSDB) em coletiva de imprensa virtual.
Segundo a prefeitura, foram testados 6 mil alunos divididos em três fases:
2 mil alunos do Ensino Infantil (4 a 6 anos)
2 mil alunos do fundamental I ( 1º ao 5º ano, crianças de 6 a 10 anos)
2 mil alunos do fundamental II (6º ao 9º ano, crianças e adolescentes de 11 a 14 anos)
Segundo a gestão municipal, os números demonstram o alto risco de contaminação que a retomada das aulas presenciais representariam às famílias e à comunidade escolar no município.
Com base no mapeamento, o prefeito Bruno Covas disse que as escolas municipais não serão reabertas para reforço escolar em setembro, conforme autorizado pelo governo do estado para as cidades que estão na fase amarela do plano de flexibilização econômica.