13/05/2020
Educadora mostra preocupação com fatores emocionais de crianças na volta às aulas
[0] Comentários | Deixe seu comentário.Na entrevista ao Estado, a presidente-executiva do Todos Pela Educação, Priscila Cruz, também falou sobre o retorno às salas de aula. Ela falou também sobre as estratégias para a volta dos alunos às escolas. Ela lembra que professores, alunos e responsáveis foram pegos de surpresa pela suspensão das aulas e pelo início das atividades a distância. “É muito importante que nessa fase a gente faça um planejamento mais detalhado e olhe para todos os aspectos”, fala. A organização preparou uma nota técnica para auxiliar na tarefa. O documento é baseado em 43 trabalhos acadêmicos de larga escala sobre redes escolares de países que se recuperaram após crises muito agudas como a que o Brasil está passando. Um dos assuntos abordados é o impacto emocional da pandemia sobre os alunos e o papel das escolas nesse sentido. “As crianças não retornam para as aulas da mesma forma que voltariam das férias”, compara. Ela fala que tanto o estudante quanto o professor vão voltar às aulas com uma série de fatores emocionais que precisam ser levados em conta. A evasão escolar também deve aumentar bastante no pós-pandemia, principalmente entre os alunos mais velhos. “Eles não vão mais voltar porque acham que este ano é um ano perdido”, comenta. Para controlar os dois aspectos, Priscila diz que a integração da educação com as áreas da saúde e da assistência social será fundamental. Ela fala que outro ponto a ser observado é o aumento da defasagem no aprendizado entre regiões, classes sociais e até entre estudantes da mesma escola. “Os alunos se comportam de forma diferente”, aponta. Para combater essa defasagem será necessária uma avaliação diagnóstica para definir em que ponto de aprendizagem o aluno está. “É preciso saber onde parou a aprendizagem de cada aluno e traçar uma rota”, diz. Fonte: Estadão (por Mariana Hallal)