Cidadão que participa de aglomerado vive falsa sensação de segurança já que o vírus só aparece dias depois

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Mesmo diante da gravidade que é a pandemia de coronavírus, muitas pessoas demoram a entender os riscos que correm. É que, segundo o secretário e médico infectologista Petrônio Spinelli, os efeitos da doença só são mostrados dias depois da causa. E citou como exemplo uma pessoa que vai a um lugar aglomerado, como uma fila de banco, por exemplo, e só 10 a 14 dias depois é entubado e morre, tendo passado um período assintomático. “É uma sensação cruel de segurança que elas têm”, explicou o secretário, referindo-se às pessoas que um ou dois dias depois de conviver em espaço aglomerado, não desperta nenhum sintoma. “É uma guerra pesada e que nem todo mundo tem ideia”, disse o secretário, que teme, por isso, um colapso na rede pública já que os internamentos em UTIs de quem está infectado, tem duração mínima de 14 dias. “Só sai mais rápido da UTI quem morre”, afirmou Spinelli, prevendo, caso a população não tome as precauções necessárias, a necessidade de ampliação da rede de atendimento. Petrônio Spinelli levanta ainda outra situação, que muitas pessoas que não tem cuidado com o momento grave, não tem noção. Todas as unidades hospitalares tem que estar preparadas para atender pacientes de covid. E lembra que uma pessoa com covid, por exemplo, pode quebrar a perna... Que uma mulher com covid entra em trabalho de parto. Então, um problema que não é só de quem vive o drama do covid ou da perna quebrada, mas um drama que tem que contar com a consciência e colaboração de toda a população.