02/04/2020
Perseguido pela credibilidade de Mandetta, Bolsonaro arma reunião com médicos sem conhecimento do ministro da Saúde
[0] Comentários | Deixe seu comentário.E Jair Bolsonaro continua produzindo intrigas, miudezas, futricas que só atrasam o país... Já com medo da popularidade do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o Jair convocou médicos que atuam na linha de frente do combate ao coronavírus para uma reunião. E o ministro da Saúde não foi convidado. Sequer sabia da reunião. Coisas da eterna mania de perseguição do chefe do executivo. Mandetta foi avisado por médicos amigos que foram convidados pelo Palácio do Planalto. Procurado, o ministro da Casa Civil, General Braga Neto, disse a Mandetta que também não sabia da reunião. Claro que o ministro da Saúde, conhecendo Bolsonaro e sabendo que o colega é um militar como ele, não deve ter acreditado que ele não sabia de nada. As informações sobre a reunião secreta estão no blog da jornalista Andréia Sadi, que apurou ainda que o ministro não aparecerá se for chamado de última hora e que a reunião deverá ser para discutir a receita de uso de cloroquina. Bolsonaro tem espalhado por onde anda até ter postagens apagadas pelo Twitter e Instagram por violação de regras, que o medicamento pode ser usado para cura de coronavírus e quer o aval da Medicina para a sua 'descoberta'. Segundo o blog, Mandetta disse a aliados, nos bastidores, acreditar que a reunião seja uma ideia da área de “marketing” do Planalto para “bater uma foto” com os principais médicos do país. E, se a reunião se confirmar, será a “nova polêmica” do governo hoje. Segue a nota de Andréia Sadi: No Ministério da Saúde, a equipe avaliou nesta manhã que há uma tentativa de se criar um “governo paralelo” para provar uma “tese” sobre o uso da cloroquina no combate ao coronavírus. Mandetta vai repetir que não há provas disso e que só falará a respeito quando houver dados científicos que embasem o uso do remédio no tratamento. O ministro aguarda o desdobramento do chamado para a reunião com médicos e desaconselhou profissionais a comparecerem ao encontro presencialmente. Por videoconferência, não veria problema desde que o tema fosse objetivo.