08/02/2018
Citado em depoimentos e delações, João Maia diz que delatores confirmaram que não o conhecem nem entregaram dinheiro a ele
[0] Comentários | Deixe seu comentário.A ação que envolve pagamento de propina a funcionários do DNIT no Rio Grande do Norte, e que teria o ex-deputado João Maia como beneficiário, voltou à tona diante das oitivas dos 25 réus. Sobrinho de Maia, Gledson Golbery, que chegou a ser preso e é réu no processo, confirmou o que já havia dito em delação premiada. Empresários contratados pelo DNIT para as obras de duplicação da BR-101 também foram ouvidos e apontaram João como beneficiário, embora tenham afirmado não conhecer o ex-deputado, e reforçado que nunca entregaram dinheiro a ele Hoje, através de sua defesa, João Maia emitiu a nota abaixo: NOTA Pelo zelo com a verdade e o compromisso da transparência com o povo do meu Estado, esclareço: No início de Abril de 2017, tomei conhecimento, pela imprensa, de uma delação feita por Gledson Golbery, ex-diretor do DNIT, dando conta de que parte dos desvios por ele perpetrados naquele Departamento era destinada a minha atividade política. Já naquela época esclareci que não tive acesso ao conteúdo da referida delação, tendo em vista a decretação de sigilo das investigações. Hoje sou surpreendido, novamente pela imprensa, de que outros delatores teriam confirmado a versão dada por Gledson, embora, ao mesmo tempo, tenham dito que sequer me conheciam pessoalmente. Repudio veementemente qualquer tipo de ilação que essas pessoas, com o claro objetivo de tentarem se livrar dos seus próprios delitos, querem a mim imputar. Ratifico a verdade imperiosa da própria realidade: não tenho qualquer participação nesses fatos. As denúncias contra mim narradas são inverídicas, o que é facilmente constatado porque nem mesmo a mim os supostos acusadores conhecem e sempre afirmam que entregaram os recursos provenientes desses desvios a terceiros, não tendo nenhuma afirmação de que me repassaram valores, seja em dinheiro, seja em depósitos bancários, ou qualquer outro meio. As investigações tramitam em segredo e, embora tenha solicitado formalmente acesso ao conteúdo do que foi dito pelos delatores, até hoje não houve deferimento do meu pleito. Estou à disposição da Justiça para esclarecer quaisquer fatos, embora, até a presente data, nunca tenha sido instado a me manifestar nem no Judiciário nem nas instituições de fiscalização. João da Silva Maia