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17/06/2017





Wilma com W, Vilma com V: inconfundível e incomparável

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Wilma cheirava a povo. De tudo o que a política oferece, era do povo que ela mais gostava. Além da mãe, Dona Sally, que se foi há 4 anos, era o povo que Wilma consultava antes de tomar decisões. Era no meio do povo que ela sentia a temperatura de cada eleição; que ela sentia o tamanho do passo que poderia dar. Era também no meio do povo que ela sentia – apesar de não expressar - a intensidade do seu erro. Porque a política que muito acertou, também teve suas apostas erradas. E foi no meio do povo que ela sentiu a verdade no coração de quem lhe abraçava já doente, magrinha, com as defesas baixas e proibida pelos médicos de fazer o que ela estava fazendo. O abraço do povo era um bálsamo. Um remédio que a medicina ainda não conseguiu produzir.   A Guerreira era inconfundível. Como será incomparável.   Ninguém na política do Rio Grande do Norte terá em seu currículo, 3 mandatos de prefeito de Natal mais dois de governador, mais um de deputado federal Constituinte, um de vice-prefeito da capital e uma vitória de vereador.   Ninguém na história política do Rio Grande do Norte tem nem terá o título de Guerreira por ter sido a guerreira que ela sempre foi.   Wilma fechou um ciclo num momento em que a política também fecha o seu ciclo. Os dias de hoje, como a gente costuma se referir ao atual momento, não permitem mais tamanha ousadia. Ninguém mais chegará ao que Wilma chegou. Ela foi única e nesse quesito, de carisma, poder, interação com o povo e tamanho de currículo, ninguém a substituirá.   No dia de sua despedida, era cedo quando o vendedor de milho da Praça 7 de Setembro se aproximava do Palácio da Cultura, com lágrimas nos olhos, querendo saber a hora que o corpo, que até aquele momento seria velado ali, chegaria.     https://youtu.be/2FWy-DnClZU   No velório para família, logo cedo, era com a marca de campanha da Guerreira na mão, o 40, que o eleitor silencioso fazia sua despedida.     Na Catedral, eram as pessoas simples – o povo de Wilma – que fazia questão de passar por perto do caixão com lágrimas nos olhos. Pessoas simples e gratas. Gratas pelos serviços que receberam em Natal, da Wilma prefeita, e em todo o Rio Grande do Norte, da Wilma governadora.   Gratas por terem se sentido importantes diante da Guerreira que tinha cheiro de povo. Era esse povo que chorava de verdade a partida de Wilma. De Wilma com W em sua certidão de nascimento. De Vilma com V, "porque Guerreira se escreve com V", nos dedos e no coração de quem lhe queria o maior bem do mundo.

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