04/02/2017
Velório de Dona Marisa segue até às 15h e depois corpo será cremado
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Corpo de Dona Marisa Letícia é velado no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
Dilma e ministros dos governos petistas foram ao velório. Público forma longa fila para de despedir de ex-primeira-dama
Por Fernanda Cesaroni, G1 São Paulo
Começou por volta das 9h30 deste sábado (4) o velório do corpo da ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo.
O auditório do sindicato do ABC, palco de assembleias e discursos emblemáticos, foi aberto ao público às 10h30 depois de uma hora fechado só para a família de Dona Marisa.
A foto de Lula e Marisa estampada na parede principal foi tirada em Istambul, em2009, e é a mesma usada pelo Instituto Lula nas redes sociais. Foi no Sindicato dos Metalúrgicos que o casal se conheceu, em 1973. Na época, os dois eram viúvos. Sete meses depois, Lula e Marisa se casaram.
O caixão com o corpo de Dona Marisa Leticia foi coberto com as bandeiras do Brasil e do PT.
O ex-presidente Lula e os filhos do casal recebem os cumprimentos de amigos e políticos, entre eles, a ex-presidente Dilma Rousseff, o presidente do PT, Rui Falcão, o vereador Eduardo Suplicy, o deputado Waldir Maranhão, Jair Meneguelli, ex-presidente da CUT, Vicentinho, deputado federal Gilberto Carvalho, ex-ministro dos governos Lula e Dilma, Luiz Fernando Pezão, governador do Rio de Janeiro, Renato Janine Ribeiro, o ex-ministro da Educação, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando HaddadEleonora Menicucci, ex-ministra da Secretaria de Política para Mulheres, entre outros. Dilma e Eleonora Menicucci chegaram juntas ao velório por volta das 11h30.
A deputada federal pelo PSOL Luiza Erundina afirmou que Marisa era uma mulher do povo e que esteve junto com todos no final da década de 70, lutando contra a Ditadura e construindo o PT.
"Registrou-se na história como a primeira-dama do primeiro operário brasileiro [...] Ela tinha uma relacao igualitária com ele [...] Nós mulheres avançaamos muito no seu governo. Sem dúvida Marisa era um estímulo, uma força e participava certamente nas decisões do Lula no interesse das mulheres, trabalhadores e pobres desse país", disse Erundina.
O público que veio prestar homenagem à ex-primeira dama passa em fila por um corredor. Por volta das 11h30, a fila para entrar no sindicaro dobrava o quarteirão.
"Acho importante estar aqui para marcar espaço. Não só pra prestar solidariedade, porque a gente sabe o quanto ela foi importante para o Lula, mas pra mostrar que ainda estamos aqui vivos", disse a aposentada Célia Regina Mendes da Silva.
A também aposentada Maira Olivia de Castro Matiero, de 75 anos, mora em São Bernardo do Campo e veio se despedir da vizinha Marisa. " Eu sempre fui vizinha deles, quatro quarteirões da minha casa. A gente via a Dona Marisa, mas nunca conversava. Ela foi uma batalhadora e uma dona de casa excelente."
Dona Zelinha Feitosa trabalha no sindicato dos metalúrgicos do ABC há 42 anos. Começou como funcionária da limpeza e hoje trabalha na lanchonete que funciona dentro do sindicato. Ela lembra que, embora muito reservada, Marisa Leticia " tinha o dom de reunir as mulheres do sindicato, no começo do partido. " Na prateleira da lanchonete expõe a foto com Marisa Leticia. A lembrança já estava ali e vai continuar. " Da primeira-dama todo mundo queria ser amiga, eu era amiga da Marisa", diz Zelinha Feitosa.
O velório deve ocorrer até as 15h. Depois, haverá uma cerimônia de cremação reservada à família no cemitério.
O Instituto Lula informou que não será divulgado dados sobre a doação de órgãos de dona Marisa.
O corpo deixou o hospital Sírio-Libanês, onde ela estava internada desde o dia 24 de janeiro, por volta das 7h30 e chegou ao sindicato às 9h. O ex-presidente Lula chegou ao local 20 minutos antes do corpo.
Segundo Suplicy, Marisa estava sempre junto de Lula. "Algumas vezes que jantei no Alvorada ela estava sempre amável nos recebendo. Então, eu venho aqui mais uma vez dar meu abraço a Lula e a todos os companheiros recordando os momentos significativos na vida do Brasil", disse.
"Fiquei bastante impactado com a visita do Temer, FHC, José Sarney, José Serra e Henrique Meirelles e que o Lula teve a oportunidade de dizer a eles que, por mais que tenhamos opiniões diferentes sobre o que está se passando no Brasil, quero agradecer a todos e me coloco à disposição para dialogar com vocês", afirmou Suplicy. Ele afirmou que Lula disse da disposição dele para conversar com Temer, mesmo que "todos soubessem que ele queria que quem tivesse ali era outra pessoa".
O corpo deixou o hospital Sírio-Libanês, onde ela estava internada desde o dia 24 de janeiro, por volta das 7h30 e chegou ao sindicato às 9h. O ex-presidente Lula chegou ao local 20 minutos antes do corpo.
Segundo Suplicy, Marisa estava sempre junto de Lula. "Algumas vezes que jantei no Alvorada ela estava sempre amável nos recebendo. Então, eu venho aqui mais uma vez dar meu abraço a Lula e a todos os companheiros recordando os momentos significativos na vida do Brasil", disse.
"Fiquei bastante impactado com a visita do Temer, FHC, José Sarney, José Serra e Henrique Meirelles e que o Lula teve a oportunidade de dizer a eles que, por mais que tenhamos opiniões diferentes sobre o que está se passando no Brasil, quero agradecer a todos e me coloco à disposição para dialogar com vocês", afirmou Suplicy. Ele afirmou que Lula disse da disposição dele para conversar com Temer, mesmo que "todos soubessem que ele queria que quem tivesse ali era outra pessoa".