TSE: Indício de fraude eleitoral pode cassar chapa Dilma/Temer mas relator do processo só apresentará voto em 2017

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E o negócio vai ficando cada vez pior para o presidente Michel Temer   Da Folha:   Investigação vê indício de fraude em uso de gráficas na campanha de Dilma LETÍCIA CASADO DE BRASÍLIA   O Ministério Público Eleitoral identificou indícios de "fortes traços de fraude e desvio de recursos" na prestação de contas das gráficas Rede Seg, VTPB e Focal, que prestaram serviços à campanha da chapa presidencial de Dilma Rousseff-Michel Temer na campanha de 2014. A informação consta de relatório da força-tarefa do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), montada para analisar documentos da ação que pede a cassação da chapa. Todas as partes têm negado irregularidades.   Em outubro, o ministro do TSE Herman Benjamin, relator da ação, determinou a criação de uma força-tarefa para trabalhar exclusivamente no processo que pode resultar na a cassação da chapa que elegeu a ex-presidente Dilma Rousseff e o então vice Michel Temer. A força-tarefa envolve órgãos e agentes técnicos de Polícia Federal, Receita Federal e Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).   Relatório da Polícia Federal anexado à ação constatou que é possível que dinheiro da campanha que serviria para pagar os contratos tenha sido desviado para "pessoas físicas e jurídicas diversas". "Com a análise dos dados obtidos a partir da suspensão do sigilo bancário das empresas, relatórios realizados pelo TSE e demais informações tratadas neste relatório, surge hipótese de que os recursos em tese destinados à campanha eleitoral foram, na verdade, desviados e direcionados ao enriquecimento sem causa de pessoas físicas e jurídicas diversas para benefício próprio ou, outra hipótese, que não necessariamente exclui a primeira, os recursos foram desviados e direcionados a pessoas ainda não identificadas com interposição das pessoas físicas e jurídicas diversas", informa o relatório.   Na terça (13), o ministro Herman Benjamin disse que apresentará seu voto em 2017. Ele afirmou que foram ouvidas 37 testemunhas durante três meses, e que participou de todas as oitivas.