04/11/2016
Fátima diz que não é contra Enem mas defende ocupação nas escolas que obriga adiamento do concurso para 200 mil estudantes
[0] Comentários | Deixe seu comentário.A senadora Fátima Bezerra confirmou que faz parte do grupo de parlamentares que ingressará com representação junto ao Conselho Nacional de Justiça contra decisão do juiz Alex Oliveira, que mandou cortar luz e água de escola invadida por manifestantes em Brasília. A notícia foi publicada. O Globo de ontem. A escola invadida seria um dos pontos para reslização do Enem nesse final de semana, e os estudantes que fariam as provas. O local foram impedidos de cumprir o calendário do Enem, e estão sendo obrigados a fazer outra prova e em outra data... Para a senadora, "uma determinação absurda, que legitima técnicas de tortura contra estudantes que lutam democraticamente contra retrocessos nunca vistos no país". Segundo a assessoria da senadora, ela jamais se omitiria em defender, seja no Rio Grande do Norte ou em qualquer outro lugar, a livre manifestação e o livre pensamento, ainda mais quando se está lutando em defesa da educação. "Ninguém verá a senadora de braços cruzados diante da ameaça de utilização de métodos repressivos e violentos contra os estudantes do nosso país", diz a nota da senadora, que descruza os braços para os invasores nas escolas, mas cruza para os quase 200 mil estidantes de verdade que iriam fazer o Enem e estão sendo, estes sim, torturados emocionalmente e impedidos de, de forma igualitária, realizarem as provas com os demais inscritos. A senadora Fátima Bezerra se pronuncia contrária a esses quase 200 mil estudantes. "É custoso acreditar, mas na mencionada decisão, o magistrado autoriza a Polícia Militar, “para auxiliar no convencimento à desocupação”, a utilizar o uso de ruídos que impeçam o sono; a impedir o acesso de familiares, amigos e alimentos; e a cortar o fornecimento de água e luz. Só vimos algo semelhante em períodos de exceção. Como calar, como não reagir?", diz nota da senadora em defesa dos invasores que na grande maioria não é formada por estudantes em salas de aulas ou simplesmente não representam o alunado brasileiro. Contradizendo à posição em defesa dos invasores, a nota da senadora Fátima diz que ela nunca defendeu o adiamento ou qualquer forma de impasse em torno do Enem... Faz críticas ao MEC por não diaogar e tentar criminalizar os que ocupam as escolas. Mas, apesar de se dizerem estudantes, os invasores não devem estar inscritos no Enem... Para a senadora, o Ministério da Educação deveria encontrar outros locais para realização das provas. Abaixo a íntegra da nota da senadora: A senadora Fátima Bezerra faz parte, sim, do grupo de parlamentares que ingressará com representação junto ao Conselho Nacional de Justiça contra decisão do juiz Alex Oliveira, que determinou a utilização de meios de restrição à habitabilidade contra jovens que ocupam uma escola de Brasília. Uma determinação absurda, que legitima técnicas de tortura contra estudantes que lutam democraticamente contra retrocessos nunca vistos no país. A senadora Fátima Bezerra jamais se omitiria em defender, seja no Rio Grande do Norte ou em qualquer outro lugar, a livre manifestação e o livre pensamento, ainda mais quando se está lutando em defesa da educação. Ninguém verá a senadora de braços cruzados diante da ameaça de utilização de métodos repressivos e violentos contra os estudantes do nosso país. É custoso acreditar, mas na mencionada decisão, o magistrado autoriza a Polícia Militar, “para auxiliar no convencimento à desocupação”, a utilizar o uso de ruídos que impeçam o sono; a impedir o acesso de familiares, amigos e alimentos; e a cortar o fornecimento de água e luz. Só vimos algo semelhante em períodos de exceção. Como calar, como não reagir? Enem A senadora Fátima Bezerra nunca defendeu o adiamento ou qualquer forma de impasse em torno do Enem, uma conquista importante dos estudantes brasileiros nos governos Lula e Dilma. O que a senadora repudia é a ação do MEC, que ao invés de promover o diálogo, aposta no conflito, numa clara tentativa de criminalizar estudantes que lutam legitimamente contra a reforma autoritária do ensino médio, a lei da mordaça e a PEC 55/2016 (antiga PEC 241). Por que não seguir o exemplo da Justiça Eleitoral, que alterou locais de votação? Por que não buscar acordos de coabitação, como ocorreu em Minas Gerais? A ideia do governo ilegítimo é tentar reprimir e calar as vozes dissonantes, como na ditadura? Que a violência institucional não prospere e que se tenha por parte do governo uma atitude mínima de sensatez. Que se busque o diálogo com os estudantes para a superação do impasse.