Saúde: tá na hora de trocar de secretário

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A crise que culminou no fechamento temporário da UTI do Hospital Maria Alice Fernandes serve para constatar uma coisa: o governador Robinson Faria precisa rapidamente botar na cadeira de secretário de Saúde, pelo menos, alguém de relacionamento fácil. Desde que deu posse à atual secretária Eulália Albuquerque, que o noticiário vibrava com a mulher arrochada, de pulso forte, valente... Nada disso precisava a saúde. Sem relacionamento, os médicos se afastaram, os servidores gritaram, os deputados encontraram na adjunta o canal mais indicado, e as crianças perderam os poucos leitos de UTI infantil existentes no Estado. Para gerir a Saúde combalida no Rio Grande do Norte e no Brasil, é preciso mais do que uma caneta para assinar ordens. A secretária Eulália Albuquerque é vista pela categoria médica como uma excelente ortopedista. Mas não deu certo como secretária. No bagunçado prédio da avenida Deodoro da Fonseca, em Natal, sede da Sesap, o que se diz é que a adjunta Denise Aragão é quem dá as cartas. Poderia ser entregue a ela o baralho completo? A secretária Eulália ainda tem na sua cota, uma greve. Não conseguiu conversar com a sua categoria. Várias vezes convidada pela Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa para cumprir uma obrigação constitucional de prestar contas do cargo, ela não atendeu a um convite sequer. Entre as justificativas, estava um plantão médico. Mas o plantão de secretário é outro e prestar contas faz parte. Eulália também se negou a conversar com o movimento da sociedade formado para colaborar na busca de soluções para a falta de UTIs infantis. Tá difícil para a secretária. E se tá para ela, imagine para a população. Imagine para as crianças que precisarem de uma UTI esses dias. Vão fazer como? Dar Pause no problema enquanto a Secretaria de Saúde dá um Play, ali na próxima semana?