29/03/2016
Avião egípcio sequestrado no Chipre pode não ter relação com terrorismo
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Avião da EgyptAir é sequestrado e forçado a pousar no Chipre
DIOGO BERCITO
DO CAIRO
Um avião da companhia aérea EgyptAir viajando entre Alexandria e Cairo foi sequestrado na manhã desta terça-feira (30). Desviada de sua rota, a aeronave pousou no Chipre, entre receios de um novo atentado na região.
Entre as negociações para a soltura dos reféns, o governo do Chipre anunciou, no entanto, que o sequestro do avião não estava relacionado ao terrorismo.
De acordo com as autoridades egípcias, um homem ameaçou a aeronave dizendo ter explosivos, o que não havia sido confirmado. A companhia aérea afirmou que, após o pouso, todos os passageiros foram libertados, exceto quatro estrangeiros e a tripulação. Havia em torno de 60 pessoas na aeronave.
Circulavam durante a manhã informações desencontradas a respeito do incidente. Uma rádio do Chipre, por exemplo, afirmou que o sequestrador tinha possivelmente razões pessoais para o crime, pois sua ex-mulher mora no país. Ele teria pedido que uma carta, em árabe, fosse entregue à ex-mulher.
A mídia egípcia identifica o sequestrador como Ibrahim Samada, com nacionalidade do país. Anteriormente ele havia sido identificado como líbio, e relatos também sugeriam que ele não sabia falar árabe.
No meio-tempo, o aeroporto de Lárnaca, no sul do Chipre, cancelou todos os pousos e decolagens ali.
Esse é o segundo incidente grave envolvendo aeroportos egípcios nos últimos meses. Em outubro de 2015, um avião explodiu na península do Sinai, em um atentado reivindicado pela organização terrorista Estado Islâmico, com saldo de 224 mortos.
O Egito, cuja economia depende do turismo, é afetado diretamente por esses ataques, sofrendo com a queda drástica no número de visitas ao país. Desde o atentado no Sinai, o país perdeu ao menos US$ 1,3 bilhão na receita da indústria turística.