19/01/2016
Após início de investigações, ex-diretor da Petrobras transfere dinheiro da Suíça para Mônaco e é denunciado pela 8ª vez
[0] Comentários | Deixe seu comentário.D'O Globo: Duque é denunciado pela oitava vez na Lava-Jato Ex-diretor da Petrobras é acusado de lavagem de dinheiro e evasão de divisas Renato Onofre O ex-diretor de Engenharia da Petrobras Renato Duque, apontado como o indicado do PT dentro da estatal, foi denunciado pela oitava vez pela força-tarefa da Operação Lava-Jato. Ele é acusado de evasão de divisas e manutenção de valores não declarados em contas no Principado de Mônaco entre os anos de 2009 e 2014. Os procuradores querem a devolução à Petrobras dos R$ 80 milhões do réu bloqueados nas contas no exterior. Segundo informações enviadas pelas autoridades de Mônaco, houve transferência de US$ 3,8 milhões de Duque de contas da Suíça para Mônaco após o início das investigações da Lava-Jato. As operações ocorreram entre maio e setembro de 2014. Embora nos documentos da quebra de sigilo fiscal, Duque tenha afirmado não possuir contas no exterior, os investigadores já tem provas suficientes para apontar ele como beneficiário econômico de duas offshores no exterior. Uma dessas offshores é a Milzart Overseas Holding, abarta no Panamá, e utilizada para ocultar e dissimular a origem e propriedade de dez milhões de euros desviados de contratos da Petrobras. Também por meio dessa offshoree no mesmo período, o ex-diretor manteve tais depósitos milionários não declarados às autoridades brasileiras, o que caracteriza o crime de evasão de divisas. Em outra conta, da offshore Pamore Assets, foi ocultado outros dez milhões de euros. Esses valores foram mantidos sem declaração formal às autoridades brasileiras, que exigem declaração para depósitos superiores a US$ 100 mil dólares. Em setembro do ano passado, Duque foi condenado a 20 anos e 8 meses de prisão por corrupção passiva, pelo recebimento de vantagem indevida em razão de seu cargo como diretor na Petrobras, lavagem de dinheiro e por associação criminosa. Ele responde, ainda, a outras cinco ações penais por lavagem de dinheiro, corrupção e outros crimes.