21/11/2015
Edição extra do Diário Oficial torna sem efeito nomeação da mulher do prefeito para o cargo de coordenadora de gabinete
[0] Comentários | Deixe seu comentário.Está na edição EXTRA de 20 de novembro do Diário Oficial do Município de Natal:
A portaria 2084/2015-AP que perde o efeito é esta abaixo:
O prefeito Carlos Eduardo considerou erro a nomeação de sua mulher para um cargo de coordenador.
Todo mundo que leu também considerou erro, afinal de contas, Andréa já foi secretária.
Ocupou a titularidade da Secretaria Municipal de Assistência Social na outra gestão do prefeito marido.
Como secretários foram, na Prefeitura de Natal, a irmã da prefeita Micarla de Sousa, Rosy de Sousa, o então marido da então prefeita Wilma de Faria, Herbat Spencer...
Como secretários foram, no Governo do Estado, Carlos Augusto Rosado, marido da então governadora Rosalba Ciarlini; Márcia Maia, filha da então governadora Wilma de Faria; Paulo Roberto Alves e Denise Alves, irmão e mulher do então governador Garibaldi Filho; Edinólia Melo e Pedro Melo, mulher e irmão do então governador Geraldo Melo; Anita Catalão Maia, mulher do então governador José Agripino Maia; e hoje, como secretária é Julianne Faria, mulher do atual governador Robinson Faria.
O que não há na história é parente de primeiro grau de gestor num cargo de coordenador.
Agora, se Andréa Ramalho, a mulher do prefeito, não iria ser nomeada para nenhum cargo, por que tacaram o nome dela no Diário Oficial?
Se o nome de Andréa não estava em nenhum ofício encaminhado ao Diário Oficial, por que danado um servidor, vendo o cargo de coordenador vago, decidiu, por conta e risco - e que risco - ocupar exatamente com o nome da mulher do prefeito?
Como publiquei no Blog, vou repetir: se o nome dela saiu no Diário Oficial, que só publica documentos, é porque o nome dela estava lá, em algum documento.
E certamente não seria para ocupar um cargo de coordenador.
Andréa tem mérito para ser secretária, como já foi, embora tenha dito no começo da gestão atual do prefeito, que não iria ocupar nenhum cargo.
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O caso do erro do Diário Oficial do Município me lembra uma história do tempo que trabalhei na TV Cabugi.
Tinha um editor na emissora, que todas as vezes que ia editar uma matéria que tinha "povo fala", aquelas várias falas de gente na rua repercutindo algum assunto, e que o repórter não tinha anotado ou gravado o nome do entrevistado, sempre criava um nome. De preferência de alguém conhecido, de um amigo. Tentava criar uma coincidência para fazer rir.
Teria sido isso o que fez o servidor que "fecha" o Diário Oficial?
Na falta de um nome para a vaga, usou um nome de alguém conhecido...?
Foi infeliz na escolha e merece punição.