16/11/2015
Operação Corrosão: Deflagrada hoje, com dois mandados de prisão, a 20ª fase da Lavajato
[0] Comentários | Deixe seu comentário.Do G1 Paraná: Polícia Federal deflagra a 20ª fase da Lava Jato e cumpre 18 mandados Nova etapa é realizada na manhã desta segunda-feira (16) no RJ e BA. Ex-funcionários da Petrobras são alvos desta fase, batizada de Corrosão Por Adriana Justi A Polícia Federal (PF) realiza desde a madrugada desta segunda-feira (16) a 20ª fase da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro e Bahia. Serão cumpridos 18 mandados judiciais, sendo dois de prisão temporária, 11 de busca e apreensão e cinco mandados de condução coercitiva, quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento. A atual fase foi batizada de Operação Corrosão e tem como alvo ex-funcionários da Petrobras investigados pelo recebimento indevido de valores de representantes de empresas contratantes da estatal em contratos relacionados com as refinarias Abreu e Lima e Pasadena, segundo a PF. Os crimes investigados são corrupção, fraude em licitações, evasão de divisas e lavagem de dinheiro dentre outros crimes em apuração. Ainda de acordo com os policiais, as investigações também apontam a atuação de novo operador financeiro identificado como facilitador na movimentação de recursos indevidos pagos a integrantes da diretoria de Abastecimento da Petrobras. A prisão temporária tem prazo de cinco dias e pode ser prorrogada pelo mesmo período ou convertida em preventiva, que é quando o investigado fica preso à disposição da Justiça sem prazo pré-determinado. Os presos serão levados para a Superintendência da PF, em Curitiba. As cidades onde os mandados serão cumpridos são Rio de Janeiro, Rio Bonito, Petrópolis, e Niterói, no Rio de Janeiro, e em Salvador, na Bahia. 19ª fase Deflagrada no dia 21 de setembro, a 19ª fase cumpriu 11 mandados judiciais e prendeu um dos donos da Engevix José Antunes Sobrinho e o suposto lobista ligado ao PMDB João Rezende Henriques. Os dois estão presos. A ação foi batizada de "Nessum Dorma" e realizada em Florianópolis, São Paulo e Rio de Janeiro. O procurador do Ministério Público Federal (MPF) Carlos Fernandes Lima disse na ocasião que o nome era um "alerta" para os envolvidos em corrupção, de que as autoridades estão "acordadas" e trabalhando. A etapa foi caracterizada como um avanço dos fatos investigados na 15ª, 16ª e 17ª fases. Ainda conforme o procurador , colaboradores da Lava Jato – investigados que firmaram acordo de delação premiada – afirmaram que Sobrinho entrou em contato com testemunhas de acusação na tentativa de afinar os depoimentos a seu favor. Além disso, Sobrinho teria realizado pagamentos de propina já com a operação em curso. O destinatário do dinheiro seria Othon Luiz Pinheiro, ex-diretor-presidente da Eletronuclear, que está preso. A prisão do executivo está ligada a contratos da Engevix com a Eletronuclear no valor de R$ 140 milhões, entre 2011 e 2013. A ação envolvendo Othon Pinheiro foi suspensa e encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF). Já Henriques é tido como o maior operador da área Internacional da Petrobras descoberto pelas investigações. Ele teve um mandado de prisão temporária expedido, mas a prisão foi convertida para preventiva, ou seja, o investigado não tem data para deixar a carceragem. "Esse operador é investigado por intermediar o pagamento de propinas com destaque, especificamente, a um contrato de compra de navios-sonda pela Petrobras no valor de mais de 1,8 bilhão de dólares, em que a propina ultrapassa 30 milhões de dólares. Há um indicativo do envolvimento do PMDB, até por ser um partido que vem sendo mencionado quando se diz respeito a diretoria Internacional”, disse o delegado federal Igor Romário de Paula, à época da prisão. O partido nega ligação com Henriques.