OAB/RN: Em campanha acirrada, propostas se perderam em meio a ataques

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A segunda-feira será decisiva para os próximos 3 anos da OAB no Rio Grande do Norte.Das 8 da manhã às 5 da tarde, advogados em dia com a Ordem, são cerca de 6.500, vão votar em Natal, Assu, Caicó, Currais Novos, Goianinha, Macau, Mossoró e Pau dos Ferros. Chega ao fim uma das campanhas eleitorais mais acirradas pelo comando da instituição, protagonizadas pelos advogados Paulo Coutinho, da chapa 10 (situação) e Magna Letícia, da chapa 20 (oposição). Substanciada por denúncias e acusações reverberadas pelas redes sociais, sobraram polêmicas e faltaram propostas concretas, neste que já é considerada o mais duro embate da história da OAB/RN.  Algumas propostas que até chegaram a ser apresentadas, se perderam no meio das intrigas e revelações que vieram à tona no decorrer do processo eleitoral.  Entre os temas mais debatidos energicamente pelos integrantes das duas chapas, o destaque ficou por conta da condenação por litigância de má fé, e se o fato é demérito ou não para um candidato à presidência da Ordem, do endividamento da OAB em mais de R$ 2 milhões para a conclusão da nova sede, da perda do terreno cedido pela Prefeitura de Natal para a construção do Clube dos Advogados e da distribuição de brindes na véspera da votação. Temas, claro, levantados pela oposição. O clima azedou tanto que algumas querelas chegaram a ter que serem decididas em Brasília, com a influência e interferência do Conselho Federal da OAB. Foi o caso do churrasco oferecido hoje pela chapa da situação, questionado pela oposição, e até impedido de ser realizado pela comissão eleitoral. De Brasília veio a autorização e o churrasco aconteceu, já em tom de vitória e comemoração. O fato é que a eleição termina nesta segunda, mas deixando pendências jurídicas, no caso da elegibilidade questionável do candidato Paulo Teixeira a conselheiro federal, já que a pauta ainda será julgada. Os candidatos Paulo Coutinho e Magna Letícia chegaram a se enfrentar em três debates diretos, acompanhados atentamente pela classe de advogados.  Perderam a oportunidade de aprofundar-se nas principais cobranças da categoria como a luta pela maior transparência, defesa mais firme e planejada das prerrogativas, valor da anuidade e a atuação da Escola Superior de Advocacia (ESA), além da atenção ao jovem advogado. Apesar de tudo, e do modelo da campanha eleitoral não ter sido apontado como o ideal pela falta de foco nas propostas, o universo eleitoral é extremamente qualificado e, indiscutivelmente, não vai trocar voto por promessas ou benesses. O currículo e postura do presidenciável nessa eleição, vale mais do que qualquer proposta escrita por uma assessoria e lida por um candidato.