Quem sabe daqui a 4 anos

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E a participação do Brasil na Copa do Mundo que começou com vaias para a presidente Dilma Rousseff...terminou com vaias para a própria seleção.

E com gritos de Fora Felipão.

Nunca na história desse país o Brasil foi tão desmoralizadamente desclassificado assim.

Há 12 anos, na Copa de 2002, eu tinha acabado de dar à luz minha filha Maria Fernanda.

Na Copa do Japão e Coréia, com os jogos todos de madrugada, eu assistia a todas as partidas enquanto amamentava a pequenininha que tinha um amuleto: um sapatinho de crochê, branco, com o nome do Brasil bordado em verde e amarelo.

Foi presente do meu amigo e colega de trabalho, Marco Antônio Antunes, o Garotinho da Copa.

Que mais uma vez viajou para cobrir uma Copa, daí o apelido, e antes de viajar, sabendo que minha filha ia nascer, deixou o presente.

Nos dias de jogo do Brasil, Maria Fernanda ia dormir usando o sapatinho.

Não deu outra: o Brasil ganhou a Copa.

E nós nem vimos a final que aconteceu às 7 da manhã...enquanto dormíamos.

Maria Fernanda nasceu no clima de Brasil Pentacampeão.

E de lá para cá, nunca mais outro título.

A esperança era agora, com a Copa no Brasil, que a festa fosse verde e amarela.

Mas, deixamos a Copa vivendo dois vexames sucessivos: contra a Alemanha e contra a Holanda.

E com a nossa seleção saindo de campo sob vaias.

Maria Fernanda vai ter que esperar mais 4 anos.

Quem sabe quando tiver 16 possa assistir a uma vitória, tal qual aquela que aconteceu quando ela veio ao mundo.

Quem sabe.

Felipão, pelo menos, não será o técnico.

Então tá,