15/04/2014
Projeto de Rosalba disputar sub júdice impede DEM de se coligar a outros partidos
[0] Comentários | Deixe seu comentário.Nos seus últimos discursos e declarações, o governadorável Henrique Alves (PMDB) tem evitado falar do DEM do senador José Agripino, como costumeiramente vinha fazendo. E o senador José Agripino tem andado silencioso em relação à sucessão estadual. Agripino programa para depois da Semana Santa, uma reunião da executiva democrata no Rio Grande do Norte. Como presidente da legenda, quer ouvir os dirigentes. Que vão opinar sobre candidatura majoritária, assumindo o projeto de reeleição da governadora Rosalba Ciarlini, ou sobre uma provável coligação dentro do projeto da chapa do PMDB, apoiando para Governo o deputado Henrique Alves. * O que se diz é que a executiva deve optar pela coligaçåo. O que não garante que o partido esteja se vendo livre da reeleição de Rosalba, que mesmo sem o aval da executiva, vai levar o nome de candidata à reeleição para a convenção, em junho, e esperar pela apreciação dos delegados. Agripinistas apostam que os delegados, assim como os dirigentes do DEM, pensam como Agripino. Os nem tão agripinistas assim tem certeza que os delegados, muitos com cargos comissionados ou indicações no Governo Rosa, querem manter seus espaços e acatarão a candidatura de Rosalba. Em isso acontecendo, por eliminação, deixa de existir o projeto de coligação DEM-PMDB. Maasss... E a inelegibilidade da governadora Rosalba Ciarlini? Isso só não basta para ela não ser candidata? Não. Mesmo inelegível, Rosalba vai para a disputa. Recorrendo aqui e ali, do TRE ao TSE, o que fará no momento certo, já da campanha, vai aguardando os julgamentos dos méritos...e seguindo em campanha, sub júdice. Por conta e risco. Mesmo sabendo que, no último minuto do prazo estabelecido para confirmar candidaturas, a 20 dias do pleito como ditas as novas normas eleitorais, poderá ter que substituir o seu nome na chapa. Com isso, Rosalba vai prendendo ao seu projeto, o DEM do senador José Agripino, que não terá como se coligar a uma legenda que não esteja no arco estadual de alianças do Democratas. * O que resta aos democratas agripinistas que precisam de lastro para se reeleger? O que farão o federal Felipe Maia e os estaduais José Adécio, Getúlio Rêgo e Leonardo Nogueira? Vão continuar tentando a coligação extra, ou se recompor com a governadora Rosalba, numa coligação com o PP do deputado Betinho Rosado? Tá difícil... Esse é apenas um dos muitos complicados cenários do jogo político no Rio Grande do Norte, que vive temporada de muda. Muda das lideranças, onde os mais antigos estão se acomodando em projetos que os levam ao céu, e os novos surgem ainda sem encontrar um espaço definido. O DEM é apenas um exemplo da muda no Rio Grande do Norte. E sobre isso, tem preferido permanecer mudo.