06/04/2014
Abandono a Cláudia Regina faz parte de projeto para não fortalecer Rosalba
[0] Comentários | Deixe seu comentário.Abandonada à própria sorte, a prefeita afastada de Mossoró, Cláudia Regina (DEM), vai para a convenção de seu partido hoje em Mossoró, decidida a manter sua candidatura para a disputa de 4 de maio na eleição suplementar que vai substituir...exatamente ela, que foi cassada e afastada. Sem o sobrenome Rosado na carteira de identidade, a então vereadora bem avaliada foi candidata à prefeita em 2012, tendo como padrinho o senador José Agripino, que não é Rosado. Por pura falta de opção, já que sua irmã Ruth, então vice-prefeita de Mossoró, não caiu no gosto do povo, a governadora Rosalba Ciarlini apoiou Cláudia. E abraçou a campanha pois precisava sair vencedora em Mossoró. Não por desejo de tirar dos Rosado a Prefeitura, mas porque a vitória fazia parte do seu projeto de reeleição agora em 2014. * Com as 10 cassações seguidas e 3 afastamentos, o último até agora sem volta, Cláudia perdeu força. A quem fez força para elegê-la, não interessava mais permanecer ao seu lado. Os dois vereadores do DEM, Manoel Bezerra e Flávio Tácio, puxaram o cordão do abandono e se integraram à campanha do prefeito interino e candidato, Silveira Júnior (PSD). A governadora Rosalba ainda tentou emplacar a candidatura de sua secretária de Obras, Kátia Pinto, na tentativa de continuar forte em Mossoró caso fosse eleita, mas Cláudia bateu o pé e não admitiu a mudança de planos da Rosa. Fez Rosalba declarar que sua candidata era ela: Cláudia. Mas isso pode ter atrapalhado ainda mais a vida da prefeita afastada. Leitura que faz quem leu as páginas e páginas produzidas em Mossoró e concluídas em Recife, dando conta da insatisfação do eleitor mossoroense ao candidato com o carimbo da governadora. Que continua impregnada no coração do povo de Mossoró quando se remete aos tempos de Rosa prefeita....mas rejeitada nesse momento Governo. Portanto, a declaração de apoio, forçada que foi, nem foi boa para Cláudia, e muito menos para Rosalba, que diante da candidatura frágil de Cláudia, a poucos momentos de uma convenção nanica dentro da sede do partido e ainda sem ter um vice para compor a chapa, sairá do pleito como a grande perdedora, sem lastro para seu projeto de outubro próximo. E o padrinho-mor de Cláudia Regina, senador José Agripino, que tanto lutou pela sua eleição e para tirar dos Rosado de Mossoró o domínio de anos e anos do Palácio da Resistência? Na sexta-feira, em Natal, Cláudia Regina conversou com ele. Conversa fechada que pouco vazou dos detalhes, mas que ficou definido que a prefeita afastada iria à convenção como candidata, e que Agripino não botaria os pés em Mossoró. * Em estado de rompimento com Rosalba, e até com possibilidade de tirar-lhe a legenda para que ela não vá para a reeleição, Agripino não iria patrocinar a candidatura de Cláudia Regina sabendo que a grande fortalecida seria Rosalba. Coube a Agripino sacrificar Cláudia para não correr o risco de fortalecer a Rosa. Conclusão: Cláudia não é Rosado. Assim como em Natal, os ex-prefeitos Aldo Tinoco e Micarla de Sousa não eram Alves nem Maia. Portanto...vai para a forca, com a cara e a coragem, defendendo, sozinha, a bandeira, não mais do DEM, não mais de Mossoró, mas a bandeira do seu nome. É advogada dela própria na luta inglória para não jogar o nome na lata do lixo. E tudo por falta...de um sobrenome.