Dilma deixa RN sabendo a origem das vaias que marcaram solenidade em Ceará-Mirim

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A presidente da República, Dilma Rousseff, motrou no Rio Grande do Norte, que não é besta nem nada. Mostrou que, apesar de hoje ser chefe de Estado, um dia foi guerrilheira, portanto, conhece muito bem os bastidores da história. Diante da vaia descomunal dada na governadora Rosalba Ciarlini, ontem em Ceará-Mirim, ela matutou...antes de fazer seu discurso. Não sei se chegou a ouvir o prefeito anfitrião, Antônio Peixoto, afirmar com todas as letras que aquele povo não era de sua cidade... O fato é que a presidente mostrou que sabe mais do que imagina nossa vã sabedoria. Ao dar um carão no grupo de estudantes (cerca de 1.500 foram levados pela Federação do Comércio,mas no toal eram mais de 4 mil, de 30 cidades) que vaiou a governadora, Dilma começou a perguntar. "Quem é de Natal?"... Mais da metade dos estudantes levantou a mão... "Quem é de Parnamirim?"...outros tantos levantaram a mão... "Quem é de Ceará-Mirim?"...eram poucos... "Quem é de Rio do Fogo?"...quase nenhum... * A presidente Dilma saiu do Rio Grande do Norte sabendo a origem das vaias que também sobraram para ela, e que marcaram a solenidade Vaias que, com certeza, somaram pontos nas carteiras de alguns aliados... Aliados que daqui a pouquinho, num tempo bem próximo, precisarão de um apoio extra do Palácio do Planalto... É a campanha eleitoral que se avizinha que poderá trazer dissabores. Muitos dissabores...

Dilma com o prefeito Peixoto: "Esse povo não é de Ceará-Mirim" * No seu discurso, a presidente Dilma Rousseff disse aos estudantes que diferenças existem. Que o Brasil tem o cerrado, o pantanal, o semo-árido...e que as pessoas também são diferentes, o que não dá o direito de faltar com respeito. Disse que é natural não se concordar com pessoas ou gestões. Mas, mostrou que vaias não são o caminho para encontrar soluções. A presidente mostrou que é preciso respeitar as pessoas, e permitir que elas falem o que tem pra dizer. * Dilma conhece o sabor de uma grande vaia. Na abertura da Copa das Confederações, no Rio de Janeiro, a vaia dada a ela não teve o tamanho de um ginásio de esportes de Ceará-Mirim. Teve o tamanho, sim, do estádio Maracanã. Daí a revolta da presidente...