21/05/2013
O morde e assopra dos presidentes da Câmara e do STF
[0] Comentários | Deixe seu comentário.Pelo jeito, a relação do presidente da Câmara, deputado Henrique Alves, como o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, será de amor e ódio durante a gestão dos dois. Eis o que diz a Folha de S. Paulo: Presidente da Câmara diz que fala de Barbosa foi desrespeitosa MÁRCIO FALCÃO DE BRASÍLIA O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou nesta segunda-feira (20), por meio de sua assessoria, que a crítica do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Joaquim Barbosa, à atuação do Congresso foi "desrespeitosa" e "não contribui para a harmonia" entre os Poderes. Em uma palestra para estudantes universitários, o presidente do STF afirmou que os partidos políticos são de "mentirinha" e que o Congresso Nacional é "ineficiente" e "inteiramente dominado pelo Poder Executivo". Eduardo Alves, no entanto, afirmou que a fala não vai ampliar os contornos de crise que vem pautando a relação entre Judiciário e Legislativo nos últimos meses. O presidente da Câmara passa a semana em viagem oficial aos Estados Unidos. "Uma desrespeitosa declaração como essa não contribui para a harmonia constitucional que temos o dever Supremo de observar. E, com a responsabilidade e maturidade que tenho, não quero nem devo tencionar o relacionamento entre os Poderes", afirmou o deputado. Segundo o deputado, a democracia exige partidos políticos fortes e atuantes para a sustentação de um país justo. "O Parlamento e os partidos políticos, sustentáculos maiores da democracia brasileira, e todos os seus integrantes, sem exceção, legitimados pelo voto popular, continuarão a exercer o pluralismo de pensamentos, palavras e ações em favor do Brasil mais justo e democrático", disse. E completou: "Tenho consciência que esse é o verdadeiro sentimento do Poder Judiciário, do Poder Executivo e do Poder Legislativo". Em nota divulgada no fim da tarde, o STF negou que o ministro quis fazer críticas ao Congresso. O texto afirma que a fala de Barbosa foi um "exercício intelectual feito em um ambiente acadêmico" e "não houve a intenção de criticar ou emitir juízo de valor a respeito da atuação do Legislativo e de seus atuais integrantes".