26/11/2012
Na edição de domingo, Estadão destaca projeto da Arena das Dunas
[0] Comentários | Deixe seu comentário.O projeto do estádio Arenas das Dunas, em Natal, foi destaque da edição do domingo do jornal Estado de São Paulo.
Em matéria de página inteira, com muitas ilustrações, o jornal detalha o projeto que conta com diversas lojas, 16 restaurantes e capacidade para 42 mil pessoas.
A obra vem sendo acompanhada de perto pelos gestores do governo do Rio Grande do Norte e atualmente atingiu 45% do cronograma, seguindo os prazos determinados pela FIFA e Comitê Organizador Local (COL).
Eis a íntegra da reportagem:
Um marco na paisagem da cidade
Ao decidir colocar a cidade de Natal na Copa do Mundo, o governo potiguar deparou-se com um desafio: construir uma arena autossustentável. O futebol local não tem grande apelo e, portanto, passada a festa do Mundial não seria possível pagar o alto investimento apenas com a bola rolando.
Por causa disso, ao planejar a construção da Arena das Dunas foram levadas em consideração não só as exigências da FIFA, mas, entre outros detalhes como localização, capacidade pós-Copa e atrações extras que pudessem dar ao equipamento ocupação quase permanente. Também se pensou em projetar algo marcante, que se inserisse na bela paisagem da região.
"Nasceu’’ , assim, a Arena das Dunas, cujo formato lembra... uma duna! "Olha, tenho certeza de que nossa arena será a mais bonita de todas as que estão sendo erguidas’’, diz, convicto, Demétrio Torres, o secretário extraordinário para a Copa no Rio Grande do Norte, sem se importar em esconder a corujice.
O projeto do estádio, feito por um escritório de arquitetura brasileiro e outro americano, de fato impressiona. As formas assimétricas de sua cobertura, em que os 20 blocos, ou pétalas, são separados, lembram as ondulações das dunas. E o material utilizado, um polímero transparente, proporciona conforto aos espectadores, pois deixa passar quase totalmente a luz natural, mas "segura’’ o calor.
E vale lembrar que Natal também é conhecida por seu clima quente, embora seus ventos fortes amenizem o calor e sejam fundamentais para formar as montanhas de areia que são a maior atração do lugar - e a grande inspiração para a arena.
Local estratégico. Localização do equipamento não foi problema e, sim, solução. A Arena das Dunas está sendo erguida no mesmo lugar onde ficava o antigo estádio Machadão, que foi demolido, por questão histórica mas, principalmente, estratégica. "A arena fica no centro geométrico de Natal e num bairro de classe média alta. Tem a melhor condição de acesso de toda a cidade, quase 80% das linhas de transporte público passam ao lado da arena, pelo norte ou pelo sul’’, enumera Demétrio Torres, arrematando: "A questão da localização é que vai viabilizar efetivamente a arena’’.
O raciocínio é simples: um ponto moderno e de fácil acesso, que poderá ser usado para shows, feiras, exposições, terá lojas diversas e 16 restaurantes, entre outros atrativos, vai ter ocupação constante e, por consequência, se tornará autossustentável financeiramente.
Esse também é o argumento utilizado para rebater as previsões de que a Arena das Dunas se transformará em um elefante branco. Outra medida para evitar riscos, dizem os potiguares, será a redução da capacidade, de 42 mil para 32 mil depois da Copa do Mundo.
"Foi feita uma avaliação econômica e verificou-se que a arena com 42 mil lugares seria grande para Natal. Então, teremos dez mil provisórios’’, explica o secretário da Secopa. "Essa foi a forma de obter a viabilidade econômica da obra, que era uma exigência do BNDES para liberar o financiamento’’.
A arena está sendo erguida por meio de uma parceria público-privada e seu custo oficial é de R$ 400 milhões, segundo a Secopa (o TCU calcula R$ 417 milhões). O governo estadual começará a pagar a contrapartida à Construtora OAS - responsável pela construção, operação e manutenção da obra - em 2015. Serão 20 anos de compromisso e o valor total a ser desembolsado deve chegar a R$ 1,2 bilhão.
"É como a compra de um apartamento na chave. No fim, o valor pago não é igual ao valor à vista, porque os juros estão embutidos nas parcelas, que são fixas. A diferença é que no caso da PPP o contrato é feito antes de o imóvel ficar pronto", diz Demétrio Torres.
Preocupação ecológica. A Arena das Dunas também tem grande preocupação com a sustentabilidade. A água será reaproveitada, vai ser feita captação de energia por painéis solares, e um espaço de convivência para a população. Por causa disso, os potiguares acreditam que pelo menos um título estará garantido para o Estado em 2014: o de detentor da arena mais verde da Copa.
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