Hermano e Rogério: nanicos nas pesquisas, gigantes na televisão

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O candidato a prefeito de Natal, Hermano Morais (PMDB), deu hoje, em entrevista a Edilson Braga, n'O Poti, o tom do seu discurso de campanha, e que deverá, pela lógica, ser também o discurso do candidato Rogério Marinho (PSDB), já que os dois lutam para tentar tirar do páreo o líder nas pesquisas, mas com uma candidatura sub júdice, Carlos Eduardo Alves (PDT).   "Ele já foi prefeito duas vezes e não conseguiu resolver os problemas da cidade. Natal está do mesmo jeito, com os mesmos problemas. Ele se aproveita do desgaste da prefeita Micarla como se não fosse também responsável. Mas ele é, porque foi antecessor da prefeita. Ela mesmo disse que encontrou a cidade com muitas dificuldades. Vamos esclarecer isso durante a campanha. Então, o ex-prefeito com sua vice, a ex-governadora Wilma de Faria (PSB), tiveram juntos cinco mandatos à frente da prefeitura. Tenho certeza de que os dois voltarão às ruas fazendo as mesmas promessas, as quais nunca cumpriram". * Com a desistência da prefeita Micarla de Sousa de ser candidata, o foco dos discursos deixa de ser ela. Caso Hermano e Rogério tracem uma campanha focando nos problemas da gestão de Micarla, deixarão os também já prefeitos Carlos Eduardo e Wilma de Faria dispararem ainda mais, voarem em céu de brigadeiro e consolidarem o que hoje se prevê pelos números das pesquisas: a eleição no primeiro turno. Hermano e Rogério vão atribuir os problemas da gestão Micarla aos antecessores dela: exatamente Carlos e Wilma. Carlos Eduardo pode até ignorar. Afinal de contas, passa de 55% de aprovação, segundo a pesquisa Certus publicada hoje, e Rogério e Hermano juntos não somam nem 15%. São candidatos nanicos, embora de partidos grandes. E são exatamente os partidos grandes que deverão fazer com que Carlos Eduardo não ignore as críticas dos dois. São exatamente os partidos grandes que darão a Rogério e a Hermano, o precioso tempo de televisão. Só Hermano terá programas de TV com mais de 10 minutos. O que ninguém pode ignorar. Com isso, o alvo das críticas na campanha passará a ser Carlos Eduardo. Que diante do tamanho das críticas, pelo tempo de TV, terá que partir para a defesa.