Simocaína: anestésico inventado por médica do RN recebe concessão de patente

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Uma boa notícia passada ao Blog agora pela médica potiguar, professora aposentada da USP, em São Paulo, Maria Simoneti, conhecida por aqui por Marizinha Simoneti. Seu invento, desenvolvido em 1998, no laboratório da USP, e que há muito ganhou espaço na Medicina brasileira, recebeu ontem, 13 anos depois de muita luta, a concessão da patente. O anestésico desenvolvido pela potiguar que saiu de Goianinha para estudar numa cidade com nome de santo (São Paulo), como ela gosta de repetir, e que recebeu todas as bênçãos do santo, é hoje utilizado em anestesias regionais - como se define as anestesias antes ditas 'locais'. A SIMOCAÍNA, patenteada pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), é a grande consagração de Marizinha, que estudou, desenvolveu, lutou, brigou pela maternidade do invento, já que um laboratório tentou patenteá-lo como seu, e finalmente, 13 anos depois, a glória para a profissional. Aos 70 anos, Marizinha lembra de quando desenvolveu o anestésico que quase ganha outros pais e mães. "Eu tive um filho e apareceram muitos pais", diz a médica, que finalmente conseguiu que a USP fizesse uma parceria com o laboratório, cedendo o invento da professora para ser desenvolvido com seus insumos, garantindo assim a maternidade de Marizinha Simoneti, que já recebia royalties pela venda do produto, mas agora, com a concessão da patente, terá um up-grade nos valores dos mesmos. "Eu queria mesmo era que meu invento fosse consagrado", comemorou Marizinha, que hoje se dedica a fazer palestras e escrever. "Eu fiz jornalismo", revelou a médica, que usa a segunda profissão para, aliada ao conhecimento médico, fazer divulgação científica no campo da anestesiologia. Quanto às palestras, está indo para Belém do Pará, participar de mais um evento na área. [caption id="attachment_41059" align="aligncenter" width="300" caption="Nos primeiros momentos do invento, experimentos com ratos"][/caption]