07/08/2011
Garibaldi admite votar em Rogério e não quer ouvir falar em candidatura de Wilma
[0] Comentários | Deixe seu comentário.Entrevistado deste domingo do jornal O Poti, o ministro Garibaldi Filho falou de sucessão municipal na capital potiguar.
E foi enfático:: quer passar longe do palanque da ex-governadora Wilma de Faria.
Não aposta tanto numa candidatura do PMDB, que até vingaria com a vinda do ex-prefeito Carlos Eduardo para o partido, coisa que ele descarta...e admite apoiar a candidatura do tucano Rogério Marinho, adversário do governo.
Não do governo do qual´Garibaldi é aliado, no Rio Grande do Norte...mas do governo do qual Garibaldi faz parte como ministro, no Planalto.
Eis trechos da entrevista que falam sobre sucessão, onde o ministro faz uma rápida avaliação da gestão da prefeita Micarla de Sousa, e diz não apostar muito numa candidatura dela à reeleição.
OPoti - Dos pré-candidatos já postos para a disputa, quem o PMDB poderá apoiar e com quem o PMDB não cogita aliança?
Garibaldi Filho - Olhe, eu não posso falar em nome do PMDB, porque o partido tem outros representantes que podem ter outras preferências diferentes das minhas. Na minha avaliação, eu diria que desses candidatos que estão despontando aí a mais difícil de ter o meu apoio é a ex-governadora Wilma de Faria (PSB). Carlos Eduardo (PDT) é bem mais viável. O deputado federal Rogério Marinho (PSDB) também é viável. Não quero estabelecer um comparativo com a ex-governadora porque não tenho nada pessoal contra ela. Apenas não estou disposto a colaborar para uma aliança do partido com ela. Então, Rogério poderá contar com nosso apoio, se o partido não tiver candidato.
OPoti - A prefeita Micarla de Sousa está entre as possibilidades?
Garibaldi Filho - A prefeita Micarla de Sousa (PV), de quem tive o apoio na eleição passada, vive hoje um momento difícil. Não vou aqui tapar o sol com a peneira. Se essa situação permanecer, ela terá dificuldade de voltar à prefeitura. Se a eleição fosse neste ano, a situação era mais difícil. Pode ser que no ano que vem ela tenha uma melhor colocação nas pesquisas. Ela tem feito um esforço administrativo para melhorar, mas isso não tem refletido na avaliação popular.
OPoti - O senhor vê algum nome viável no PMDB?
Garibaldi Filho - O nome que eu vejo - eu até não cito o nome dele às vezes - é o deputado Hermano Morais. Ele é, a meu ver, o candidato mais viável hoje. Mas isso não significa que ele é o candidato, porque primeiro isso passa pela vontade dele. Acredito que ele esteja examinando isso com a cautela necessária. Ele tem uma situação confortável. Foi bem votado em Natal. Mas, ele não quer se expor a um resultado desfavorável. Se ele quiser examinar conosco, contará com o apoio do PMDB.
Do Blog - O ministro Garibaldi faz a política da boa vizinhança. Só é enfático ao descartar Wilma. Admite votar até no candidato do PSDB, partido adversário do governo Dilma, do qual Garibaldi faz parte como titular de primeiro escalão.
Por enquanto Garibaldi vai mantendo as boas relações por aqui...mas quando 2012 chegar, certamente ele tomará uma posição nada contrária ao Palácio do Planalto. A menos que decida pela independência, volte ao Senado e anuncie votar em quem bem quiser.
Pode até ser...mas nesse caso vai baldear a água do lago do deputado Henrique Alves. Que sonha com a presidência da Câmara Federal, e para isso, num acordo com o PT, não poderá sair da linha. E colocar seu PMDB a serviço de uma candidatura tucana pode ser um prato cheio para Henrique sair do páreo.
Tá tudo muito longe...e o que se fala agora pode não se falar depois.
Como tem sido....sempre.