Quem teria reclamado em nome de Henrique?

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O deputado-líder Henrique Alves carregou sua metralhadora na hora do almoço e atirou contra sua afilhada, a secretária de Mobilidade Urbana de Natal, Elizabeth Thé.
Afilhada porque foi Henrique quem indicou Elizabet para a prefeita Micarla de Sousa nomear, primeiro para a Secretaria de Habitação, depois para a pasta que cuida do trânsito de Natal.
Hoje, por volta das 13 horas, no twitter, Henrique - ou alguém escrevendo por ele - descarregou a metralhadora na afilhada.
Eis os posts do deputado-padrinho:

@HenriqueEAlves - Boa tarde a todos. Saí há pouco da TV Cabugi, onde me reuni com lideranças do interior do estado.

@HenriqueEAlves - Às 13h20 me deparei com um congestionamento imenso na AV. Hermes da Fonseca. Engarrafamento brutal que já se repete em todas as horas.

@HenriqueEAlves - É pedir paciência demais ao povo de Natal, que vê tudo isso e não percebe providências dos órgãos responsáveis para resolver o problema.

@HenriqueEAlves - Não havia sequer um guarda de trânsito para ordenar melhor o fluxo de automóveis.

@HenriqueEAlves - É um apelo que faço às autoridades do Detran e às autoridades do município.

@HenriqueEAlves - Acredito que é preciso um esforço conjunto do Semob (autoridades municipais) e o Detran para um esforço conjunto.

@HenriqueEAlves - O que não pode acontecer é continuar como está. Sem um guarda de trânsito. E isso se repetindo todos os dias

@HenriqueEAlves - A atribuição é do Semob. Mas, acredito que que possam somar. Usar a experiência do Detran estadual para buscar alternativas de escoamento.

@HenriqueEAlves - Auxiliar com a fiscalização e buscar uma solução para este verdadeiro inferno!

@HenriqueEAlves - Mais uma vez quero aqui reafirmar que a Semob se some à experiência do Detran para encontrar uma solução! Não pode ficar como está.

Os posts do deputado Henrique Alves foram sendo intercalados por seguidores que questionaram o twitteiro sobre o poder que ele, como padrinho, tem sobre a pasta municipal que cuida do trânsito.
Uns questionaram, inclusive, a forma como o deputado fazia a reclamação em público, podendo tentar uma solução, sem expor Elizabeth Thé, pegando o telefone e fazendo uma ligação...
Eu questionei o deputado sobre a autoria do texto postado no twitter. Para quem conhece o deputado, a linguagem não era a dele.
Por e-mail, a assessoria de imprensa de Henrique, de Brasília - não acompanhava o deputado na rua congestionada de Natal - disse que o texto era de autoria de Henrique.

Agora, detalhe: o celular usado pelo deputado Henrique Alves não tem internet. Não tem twitter. É um Motorola daquele meio antiguinho.
Não acredito que ele tenha trocado de uma semana pra cá, última vez que o encontrei, e que no meio da nossa conversa ele atendeu vários telefonemas.
No Motorola. Daqueles que tem flip, que abrem e que fecham...sem direito a twitter.