09/06/2011
Para vereador Enildo Alves, não há fundamentação jurídica para se pedir impeachment
[0] Comentários | Deixe seu comentário.Líder do governo municipal na Câmara de Natal, o vereador Enildo Alves, sem partido, ligou para comentar que o movimento em favor do impeachment da prefeita Micarla de Sousa, não acontece da forma que a democracia recomenda.
"A gente sabe que a conquista da democracia se deve muito aos partidos de esquerda e ao sindicalismo, mas não é isso o que está acontecendo em Natal. A gente sabe que tem partidos envolvidos. A gente vê as bandeiras do PT, do PSTU", disse Enildo, afirmando que a população tem todo direito de tirar os gestores que não satisfizeram seus anseios, através do voto.
"Nas eleições de 2008 os natalenses reprovaram a gestão do prefeito Carlos Eduardo derrotando a candidata Fátima Bezerra. Em 2010, o DEM ganhou a eleição para o governo. Aí os partidos de esquerda não conseguiram ainda engolir as duas derrotas", justificou o vereador.
De acordo com Enildo Alves, para pedir o impeachment da prefeita Micarla de Sousa, os movimentos - no momento um grupo está acampado na Câmara Municipal - precisam de fundamentação jurídica. "Não é só com um número de assinaturas demonstrando insatisfação que se tira um gestor. É apresentando candidatos competitivos capazes de deseleger quem não agrada", disse Enildo, dando como exemplo o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves.
"Carlos Eduardo o povo mostrou que estava insatisfeito com ele. Aí não elegeu Fátima Bezerra, candidata dele em 2008, e no ano passado o povo reconheceu mais uma vez que a gestão dele foi um desastre, tanto que, como candidato a governador, ele ficou em terceiro lugar, inclusive tendo uma votação pífia em Natal, onde ele pensa que vai ser prefeito mais uma vez", declarou o líder do governo na Câmara.
Definindo o movimento "Fora Micarla" como de interesse de algum grupo que quer a Prefeitura de Natal, o vereador Enildo Alves citou o fato da prefeita Micarla de Sousa ter acabado com o comércio das carteiras de estudante, tornando-a gratuita para os alunos da rede pública, como um dos vetores do movimento.
"A prefeita teve coragem de fornecer de graça as carteiras para os estudantes. Em 2008, uma CEI comandada na Câmara pelo então vereador Renato Dantas, concluiu que em Natal haviam sido distribuídas 50 mil carteiras de estudante a falsos estudantes. Foram distribuídas graciosamente a quem não era estudante. O que está acontecendo é revanchismo pelo fato da Prefeitura ter quebrado o comércio das carteiras", denunciou o vereador, afirmando que os movimentos, quando são populares, são legítimos. "Mas democracia não é isso que estamos vendo. Falem o que quiserem, mas de forma ordeira e pacífica", desabafou o vereador sem partido...que se prepara para assinar ficha de filiação ao PMDB.