18/01/2011
Maio é o mês indicado para podar o cajueiro. E por que não podaram nos "maios" que passaram
[0] Comentários | Deixe seu comentário.A questão da poda do cajueiro de Pirangi é notícia no jornal Folha de S. Paulo de hoje.
Na reportagem, fala-se que a poda do cajueiro não pode ser feita agora, poor causa da floração, e que o mês indicado é maio.
Ora, ora...
Há pelo menos 3 ou 4 anos que os galhos do cajueiro começaram a invadir as pistas de acesso ao litoral Sul e agora ameaça invadir casas.
E nestes 3 ou 4 anos, houve sempre um mês de maio, onde ninguém apareceu para dizer "está na hora de podar o cajueiro".
Conversa demais, ação de menos...
Falta coragem. Peito.
A questão do cajueiro agora é uma questão de coragem, e ponto final.
Eis a reportagem da Folha:
PODA DE MAIOR CAJUEIRO DO MUNDO VIRA BRIGA NA JUSTIÇA NO RN
LUCIANA RIBEIRO
DE SÃO PAULO
O cajueiro de Pirangi, conhecido como o maior do mundo, invadiu estradas do Rio Grande do Norte e virou motivo de ação judicial na cidade de Parnamirim (região metropolitana de Natal).
Com uma copa de quase 10 mil m2, a árvore invadiu uma faixa de cada sentido da RN-63 --o cajueiro fica no canteiro central da estrada.
Um grupo de 12 moradores vizinhos ao cajueiro entrou na Justiça, em dezembro do ano passado, para que seja feita a poda. A vizinhança teme que a árvore avance em direção a suas casas, segundo o advogado dos autores da ação, José Wilson Gomes Neto.
A Associação dos Moradores de Pirangi do Norte, responsável pela administração da árvore há dois anos, é contrária à poda. O presidente da associação, Francisco Cardoso, acredita que a poda possa matar o cajueiro.
A planta está em época de floração, e o verão não é um momento indicado para o corte, segundo o diretor técnico do Idema (Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN), Leonardo Tinôco. De acordo com ele, o momento ideal para realizar a poda é após o mês de maio.
CONSERVAÇÃO
Tinôco afirmou que não há nenhum registro oficial anterior de poda e que o Idema é favorável à desapropriação das casas vizinhas ao cajueiro para permitir que a árvore cresça livremente.
O diretor técnico disse ainda que, se dependesse do órgão, só seria permitido cortar 160 m2.
A árvore é uma unidade de conservação municipal, está localizada em terreno do Estado, mas é administrada pela associação. Os galhos do cajueiro de Pirangi crescem de forma anômala --transformam-se em raízes ao chegar no chão.