08/01/2011
Henrique: mais ônus do que bônus do líder do maior partido na Câmara
[0] Comentários | Deixe seu comentário.O deputado Henrique Alves (PMDB), que hoje ganhou o apelido de "aliado incômodo" do governo Dilma, ganha o bônus de liderar o maior partido - hoje - na Câmara.
Mas, pela posição que ocupa, não se livra do ônus.
Liderando os sonhos e desejos de mais de 80 deputados, que querem marcar posição no governo que começa, Henrique aparece como porta-voz.
É dele a voz que reclama e que pede.
Pedido na voz rouca do deputado potiguar, que beneficiará mais de 80....
No papel de líder, Henrique vai colecionando vitórias - em alguns casos - e decepções - em outros casos - e o que é pior, a antipatia do governo, ou melhor, da comandante do barco, a presidenta Dilma Rousseff.
Henrique seria o presidente da Câmara a partir de fevereiro. Mas, uma manobra petista o impediu, deixando para o segundo biênio - 2013/2014 - o sonho do deputado presidir a Casa onde ocupa um gabinete há 40 anos.
Com a conquista da antipatia da presidenta Dilma, Henrique pode até garantir, em 2013, a permanência do rodízio acordado, onde ficou acertado que o PT comanda a Câmara e depois será a vez do PMDB...mas não poderá garantir que o nome a ser escolhido, será o dele.
Seguindo a máxima que diz que "triste do poder que não pode", o governismo petista pode muito bem articular um nome do PMDB para tomar de Henrique, o cargo que lhe vem sendo prometido há tempos, e que ele, pelo tempo de casa, almeja com justiça.
Mas, para conseguir...Henrique vai ter que repensar o ônus de ser líder.
Aliás, liderança que deverá ser estendida a partir de primeiro de fevereiro, vez que o deputado já tem a garantia - assinada - de quase 80 deputados, os reeleitos e os novos, de que sua recondução não sofrerá maiores revezes.